Garibaldi diz que vai conversar com senador sobre benefício

Efraim Moraes é patrocinador de quatro empresas na Paraíba que divulgariam notícias sobre o Senado

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta sexta-feira, 25, que só decidirá sobre o futuro dos contratos com quatro empresas da Paraíba e com uma de Pernambuco para divulgação de notícias da Casa, após conversar com o primeiro-secretário, Efraim Morais (DEM-PB). Garibaldi não quis antecipar nenhuma posição, mas antecipou que, a princípio, acredita que o Senado só deveria pagar para divulgação de matérias institucionais, como editais e concorrência públicas.   O senador paraibano é o patrocinador de quatro dessas empresas instaladas em seu Estado. Uma delas, a Paraíba Internet Graphics Ltda (www.paraiba.com.br) cuida também do site de Efraim (efraimmorais.com.br). Cada um desses contratos com o Senado custa R$ 4 por mês, e não R$ 48 mil, como informou ontem em nota oficial o senador, devido "a um erro de digitação já corrigido no portal do Senado". O valor por ano é que chega a R$ 48 mil, o que eleva o custo anual da Casa com esses sites minúsculos a R$ 192 mil, apesar de o Senado ter uma estrutura sofisticada de comunicação.   Em um dos sites contemplados como banner do Senado, o WS Com. Nordeste Mídia Ltda, a colunista social Astrid Bakke costuma publicar notinhas otimistas sobre Efraim e seus familiares. Em uma delas, aparece a foto da família no aniversário de seu filho, George, dia 27 de janeiro e a nota de que o registro foi feito numa "manhã de sol e de muito prestígio" e que o senador "está com tudo e será a bola da vez" nas eleições de 2010 para escolha do governador".   Na nota, Efraim alegou que esses serviços contratados junto a sites "não se referem somente à aposição de um banner do Senado, mas envolve a divulgação de matérias de interesse nacional e regional, chamadas na primeira página do site contratado e comprovação do número de cliques registrados pelo link do Senado no site do prestador de serviços". Na página do Senado aparecem empresas de outros Estados se oferecendo para divulgar de graça as notícias do Senado.   Entre as cinco empresas pagas - quatro delas na Paraíba - a mais cara é a Agência do Nordeste, que recebe R$ 120 mil por ano para "redistribuir" matérias da agência mantida pela instituição. Esse contrato, segundo técnicos da Casa, foi feito pelo ex-primeiro-secretário do Senado e hoje deputado, Carlos Wilson (PT), que como a agência, também é de Pernambuco. Mas o contrato foi renovado dia 27 de abril do ano passado.