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Garibaldi desaconselha pressa na convocação de Dilma

'Não é ouvindo a ministra que vai se chegar a uma conclusão', diz o presidente do Senado

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Por Redação
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O presidente do Senado, Garibaldi Alves, disse nesta quarta-feira, 9,ao chegar ao Congresso Nacional, que é desaconselhável ter pressa na convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para depor no Senado. "Essa ansiedade de ouvir a ministra não é algo bom. Não é ouvindo a ministra que vai se chegar a uma conclusão. Afinal de contas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) não se resume a ouvir a ministra", afirmou Garibaldi. Veja Também: PF apreende 6 computadores para perícia no caso do dossiê Garibaldi cria CPI dos cartões no Senado Base fará de tudo para impedir CPI no Senado, diz Fontana PF abre inquérito para apurar vazamento de dados de FHC Dossiê com dados do ex-presidente FHC  Entenda a crise dos cartões corporativos  O presidente do Senado afirmou ainda que é mais favorável à "investigação menos açodada, pela investigação mais tranqüila, balizada em documentos, fatos". "Já fui de CPI e sei que esse é o caminho de uma CPI que quer apurar", afirmou. Ontem, por decisão de Garibaldi, o primeiro secretário da Mesa, senador Efraim Moraes (DEM-PB), leu no plenário o requerimento de criação de uma nova CPI destinada a investigar denúncias de uso irregular de cartões corporativos do governo federal. Lei do silêncio A ministra impôs a lei do silêncio no Palácio do Planalto sobre o caso do dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Apesar disso, o vice-presidente José Alencar defendeu ontem o comparecimento de Dilma no Congresso para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões . ?Eu penso que ir a uma CPI para prestar esclarecimentos à Nação, desde que haja honestidade absoluta de propósitos daqueles que são também responsáveis, porque foram eleitos pelo povo e estão representando o povo, é uma coisa normal?, afirmou Alencar. Alencar defendeu a ida da ministra à CPI minutos depois de ela se negar a falar sobre o dossiê. Após uma solenidade no Planalto, cercada de jornalistas, ela disse que não falará sobre o tema enquanto a Polícia Federal não concluir a investigação, aberta na segunda-feira. Além da ministra, silenciaram todos os outros funcionários da Casa Civil citados como participantes da reunião do dia 8 de fevereiro - quando teria sido tomada a decisão de coletar os dados para o dossiê. Ou não atendem ao telefone ou dizem, no máximo, que só o jornalista Nelson Breve, da assessoria de imprensa da Presidência, está autorizado a falar com os jornalistas.

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