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Garibaldi: aprovação da CSS no Senado 'não vai ser fácil'

Por Cida Fontes
Atualização:

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou hoje, ao chegar ao Congresso, que a aprovação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) na Casa "não vai ser fácil", uma vez que, mesmo na Câmara, onde o governo tem uma situação tranqüila, o resultado foi apertado. A aprovação exigia 257 votos e o governo obteve 259 votos. Garibaldi, no entanto, não descarta a possibilidade de o projeto vir a ser aprovado no Senado. "Se o governo não tiver as devidas precauções, pode realmente ter um insucesso como teve com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira)", alertou Garibaldi. O resultado da Câmara é um aviso e, ao mesmo tempo, uma advertência em relação ao Senado. A despeito do resultado da CPMF (o Senado extinguiu a cobrança da CPMF em dezembro), o projeto pode passar. Mas é o caso de se aguardar, de se trabalhar e de se articular", complementou. Garibaldi informou que já pediu à consultoria do Senado alternativas ao imposto do cheque para se prevenir diante de um eventual impasse. "Pode ser que nos vejamos diante de um impasse e tenhamos que apelar para uma alternativa, que poderia ser a transferência da cobrança de impostos para a saúde de produtos como cigarros, bebidas e determinados automóveis de luxo, de importação e bingos", afirmou. "Essa cobrança da CSS não me parece a mais viável, a mais sintonizada com o sentimento da sociedade, com a carga tributária que nós temos aí", prosseguiu. Indagado se não estava falando como oposicionista, o presidente do Senado reagiu, sorrindo: "Eu estou falando como se fosse da sociedade, eu estou me colocando na situação do cidadão, mas reconheço que a saúde precisa ter recursos para poder cumprir seus objetivos que são mais necessários possíveis", sublinhou. Para votar ainda neste semestre o projeto no Senado, Garibaldi advertiu que o governo terá de agilizar as articulações para concluir a votação na Câmara, que ainda precisa apreciar alguns destaques. E, no Senado, a pauta está trancada por medidas provisórias (MPs). "Eu faço a pauta de acordo com os líderes, isso aí é praxe. Nós fazemos isso de acordo com os líderes. A Saúde é uma prioridade, então nós temos de votar isso até porque sabemos que o governo vai se mobilizar para votar", concluiu.

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