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Garibaldi admite dificuldade na relação do PMDB com PT

Por Edna Simão
Atualização:

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), admitiu hoje a dificuldade de relacionamento do PMDB com o PT na discussão sobre o segundo escalão do governo. "Acho que o relacionamento do PMDB com o PT, até agora, não tem sido muito fácil. Mas não acredito que a situação vá se agravar. Temos aí o início do ano legislativo", frisou. "Não acredito que se verifiquem atritos maiores nesse período. A tendência é realmente amenizar", acrescentou Garibaldi, durante a solenidade de posse do novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild.Desde o início do governo Dilma Rousseff, os atritos entre PMDB e PT têm sido constantes, devido à disputa por cargos do segundo escalão. Levantamento divulgado hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra, no entanto, que o governo ignorou a trégua com o PMDB e já nomeou 208 cargos de segundo escalão.O ministro explicou que as indicações para cargos no segundo escalão que envolvem "DNA político" têm sido feitas sem consulta aos partidos, ou seja, cada um indica o seu candidato. No caso do INSS, o ministro afirmou que não discutiu a indicação de Hauschild com o PT. "Como acredito que outras presidências não tenham sido discutidas com o PMDB. Na verdade a indicação de um presidente às vezes é meramente técnica, e isso tem acontecido com frequência. Mas as que recebem um componente político, um DNA político realmente tem sido feitas sem o cruzamento de informações dos partidos. Cada um indica o seu candidato", afirmou Garibaldi.OrçamentoO ministro da Previdência Social disse que não tem muito o que cortar em seu orçamento, porque o ministério da Previdência é bastante enxuto. Na primeira reunião ministerial, a orientação da presidente Dilma Rousseff foi para que os ministérios façam mais com menos. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda já estão trabalhando em cortes no orçamento neste ano. "O que o governo está fazendo agora são cortes no custeio, cargos", explicou o ministro. "Então (o Ministério da Previdência) está escapando dessa fase até agora de corte. Acredito que os cortes serão mais significativos com a abertura do orçamento", acrescentou.

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