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Gabinete de Malan fica fora do apagão

Por Agencia Estado
Atualização:

A economia compulsória de energia elétrica atingiu todos os gabinetes do Ministério da Fazenda, exceto o do ministro Pedro Malan. O ar condicionado, considerado vilão do gasto de energia, agora tem horário restrito de funcionamento dentro do órgão: das 10 horas às 15 horas. Depois desse período, a chave-geral é desligada. A única exceção é a do gabinete de Malan, que fica com a prerrogativa de ligar ou não o aparelho. Acostumado a trabalhar em baixas temperaturas ambientes, Malan despacha em uma sala conhecida como a "geladeira" do ministério. De acordo com a assessoria de imprensa, nesta terça o ministro recusou-se a deixar o ar ligado, abriu as janelas, mas a brisa foi insuficiente para evitar que ele "trabalhasse suando". Outras medidas para a contenção de energia foram adotadas, como a redução do número de elevadores que vai funcionar. Dos dez elevadores existentes no edifício-sede e no anexo do ministério, no mínimo cinco serão desligados. O número de elevadores em funcionamento vai depender dos horários de pico de movimentação de pessoas, como a hora de chegada, almoço e saída dos funcionários dos prédios. No entanto, mais uma vez, secretários e o ministro estarão sendo privilegiados, já que o elevador privativo continuará com o seu funcionamento normal. Uma circular da secretaria-executiva do Ministério da Fazenda também alerta para que rádios e televisões estejam permanentemente desligados, computadores e impressoras devem ser ligados apenas quando forem efetivamente usados. As lâmpadas, que já não estão sendo todas acesas, também serão trocadas por outras de potência menor. Do outro lado da Esplanada dos Ministérios, no Itamaraty, a idéia de economia de luz parece ainda não ter chegado. Durante abertura do seminário sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, quase 200 lâmpadas iluminaram, por mais de quatro horas, o auditório no qual o presidente Fernando Henrique Cardoso discursava. De acordo com nota divulgada nesta terça, a diretoria do Banco do Brasil aprovou a implantação de medidas de racionamento: 50% dos elevadores serão desligados em horários de pouco uso, o ar-condicionado terá seu período de funcionamento reduzido em quatro horas, e o sistema de iluminação artificial estará restrito ao período das 7h30 às 19 horas. Além disso, houve mudança no horário de funcionamento dos prédios da instituição, que antes era das 7 horas às 20 horas e foi alterado para o período das 8 horas às 18 horas.

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