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Gabinete de Everardo Maciel é lacrado

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Por Agencia Estado
Atualização:

O gabinete da secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, localizado no sétimo andar do Ministério da Fazenda, em Brasília, foi lacrado por ordem do procurador da República, Aldenor Moreira de Souza. A ordem foi executada por três policiais federais. Everardo Maciel não compareceu ao depoimento de uma comissão de inquérito instaurada na Receita contra o auditor fiscal Edson Almeida Pedrosa, que ocupava até março de 2001 o cargo de chefe do escritório da corregedoria da Receita Federal no Rio de Janeiro. O auditor foi exonerado do cargo por irregularidades. Ele teria recebido, irregularmente, cerca de R$ 8 mil em 1996, a título de ajuda de custo por conta de sua remoção de Brasília para o Rio de Janeiro. No inquérito da Receita, o auditor é acusado de improbidade administrativa e estelionato qualificado. Edson Pedrosa, que também é capitão de Mar-e-Guerra da Marinha, conseguiu, no entanto, que o secretário da Receita fosse arrolado como testemunha no caso. Em maio deste ano, conseguiu uma liminar para que tivesse direito de ouvir as testemunhas com ao acompanhamento do Ministério Público. A audiência com Everardo Maciel estava marcada para as 9 horas de hoje. A informação oficial era de que o secretário não estava no local porque teria ido participar da reunião do Confaz. A suspeita de representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Tesouro Nacional (Unafisco) é de que o secretário estaria no gabinete e teria se recusado a depor. O prédio do Ministério da Fazenda chegou a ter a sua segurança reforçada no início da manhã com viaturas do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar. Edson de Almeida Pedrosa não chegou a entrar no gabinete e se diz vítima de perseguição "como prêmio por sua atuação intransigente em defesa do interesse público e pelas irregularidade que identificou? e porque ?disciplinadamente se submeteu a seus superiores". Ele denunciou que, depois que foi exonerado do cargo, passou a ser perseguido pelo corregedor-geral da Receita, José Oleskowisk, com a anuência do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Para ele, a comissão de inquérito é totalmente ilegal.

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