Fux diz que nunca sofreu pressão do PT por mensalão

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou nesta quarta-feira, 6, que nunca sofreu nenhum tipo de extorsão ou foi pressionado por petistas por causa do julgamento do mensalão, que deve se iniciar em 1.º de agosto. Em nota publicada na coluna Panorama Político, do jornal O Globo, Fux atribuiu ao ministro Gilmar Mendes a informação sobre a extorsão.

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Por Redação
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"É coisa de canalha, de gângster mesmo. Passar isso (conteúdo de escutas) para mídia é coisa de fascistas. Eles (os petistas) estavam extorquindo o Toffoli e o Fux, oprimindo os dois. Estou indignado com essa estória de Berlim. Não vamos tratar como normal o que não é normal. Estamos lidando com bandidos", teria dito Mendes. Procurado pelo Estado, ele não quis se manifestar. O ministro Dias Toffolli estava em viagem.

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Reportagem da revista Veja desta semana revelou a existência de um documento preparado pela liderança do PT para orientar as ações dos parlamentares do partido na CPI do Cachoeira no Congresso.

Vazamentos. Do roteiro desse texto consta um resumo do noticiário e do inquérito da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), vazado sobre alguns personagens-chave, entre eles o próprio ministro Gilmar Mendes e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O documento destina quatro tópicos a Gilmar Mendes, que, segundo relatou o ministro, foi pressionado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trabalhar pelo adiamento do julgamento do mensalão.

Para tanto, segundo versão do integrante do Supremo Tribunal Federal, Lula teria oferecido uma blindagem na CPI do Cachoeira. São dedicados a Mendes quatro tópicos: "O processo da Celg no STF"; "Satiagraha, Fundos de Pensão, Protógenes"; "Filha de Gilmar Mendes" e "Viagem a Berlim".

Agnelo. O documento do PT também contém passagens com citações que envolvem personagens da base, até petistas. O governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz, por exemplo, é um dos nomes presentes no dossiê.

No documento feito pelos petistas empregados na liderança do partido no Congresso Nacional, o procurador-geral Roberto Gurgel é acusado de engavetar o caso conhecido como Operação Vegas, em que a Polícia Federal investigou o jogo ilegal no Brasil.

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