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Funcionários da Justiça do Trabalho e do TRF-SP em greve

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os servidores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e da Justiça do Trabalho em São Paulo decidiram cruzar os braços hoje, por tempo indeterminado, em adesão à greve nacional dos servidores públicos. Também já estão com os trabalhos paralisados os funcionários da Justiça Estadual de São Paulo, que decidiram ontem pela manutenção da greve iniciada no dia 27 de agosto. Ainda hoje, às 13 horas, os servidores do Tribunal Regional Eleitoral decidem em assembléia se suspendem suas atividades. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo, José Carlos Sanches, calcula que 25% de todo o Poder esteja parado. "Isto dá umas 1500 pessoas, um número que eu considero muito bom para o primeiro dia de greve", diz. Segundo ele, "o movimento ainda vai crescer muito e ganhar força devido à indignação dos trabalhadores." De acordo com Sanches, o Judiciário não é contemplado com reajuste de salário desde 1995. "Vamos exigir o cumprimento da nossa data-base em janeiro", declara. Os funcionários reivindicam aumento salarial de 75,48%, valor que representa as perdas calculadas com a inflação nos últimos sete anos. "Não inventamos este índice. Ele foi calculado por institutos de pesquisa. E para se contrapor a isso, o governo oferece 3,5% de aumento, que é uma esmola", destaca Sanches. Além dos 75,48% de reajuste, os trabalhadores reivindicam mais 11,98% de atrasados, relativos a perdas em 1994, quando os salários foram convertidos de Cruzeiro Real (moeda corrente na época) para URV. A pauta de reivindicação inclui também a revisão do plano de cargos e salários, melhoria das condições de trabalho e a posição contra a proposta do governo de retomar a cobrança de contribuição previdenciária para os inativos. Funcionários do prédio do TRF, localizado na Avenida Paulista, protestam no local pela reposição salarial. O diretor do sindicato calcula que 50% dos cerca de 800 trabalhadores estejam parados. Segundo Sanches, as portas do edifício foram lacradas, "mas a adesão total ao movimento foi prejudicada por um plano B da administração, que permitiu que alguns funcionários que não querem aderir ao movimento entrassem no prédio por uma rampa subterrânea, onde normalmente só circulam carros", explica.

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