
30 de junho de 2008 | 15h45
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) informou nesta segunda-feira, 30, por meio da assessoria de imprensa, que não reconhece a fonte que acusou a tia da adolescente Jaiya Xavante - morta na última quarta-feira no Hospital Universitário de Brasília - como autora do crime. Ela é uma das três irmãs casadas com o pai de Jaiya e, segundo a fonte da Funasa, em um acesso de ciúme do marido, teria introduzido um vergalhão de ferro de aproximadamente 40 centímetros no órgão sexual da sobrinha. A assessoria reforçou que o posicionamento oficial da Funasa foi divulgado à imprensa em uma entrevista coletiva na última sexta-feira e que caberia à polícia, e não à alguém vinculado ao órgão, realizar a investigação e apontar suspeitos. Ainda de acordo com a assessoria, a Funasa não pretende fechar a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) - onde, segundo a polícia, ocorreu o crime - mas transferir o abrigo para outro local, melhor adaptado e que possa receber um número maior de indígenas . A contratação de licitação para a obra, segundo o órgão, já foi feita, mas não há ainda um endereço definido. A assessoria informou que a Casai permanece em funcionamento no mesmo local - que, atualmente, atende cerca de 50 indígenas - e só deve cessar o atendimento quando as novas obras forem concluídas. A assessoria ressaltou que a transferência e a ampliação do local não têm ligação com a morte de Jaiya já que, segundo a Funasa, a adolescente morreu em conseqüência dos ferimentos sofridos e não por causa das instalações da Casai. O titular da 2ª Delegacia Policial do Distrito Federal, Antônio José Romeiro, também contestou a hipótese de que a tia da adolescente seja suspeita no caso. "Não temos nenhum suspeito. Falam sobre a tia da vítima, porque ela é quem ficava o tempo todo ao lado da menina. É só por isso que ela foi indicada como suspeita. Nesse momento, não há nada que demonstre que a tia possa ter sido autora."
Encontrou algum erro? Entre em contato