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Funai faz expedição para observar índios isolados

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Por AE
Atualização:

A Fundação Nacional do Índio (Funai) lançou uma nova expedição na Frente Etnoambiental Vale Javari, na região oeste do Estado do Amazonas. Comandada pelo indigenista Rieli Franciscato, ela deverá percorrer mais de mil quilômetros pelos rios Solimões, Jutaí e Boia até chegar a uma área de índios isolados nunca antes investigada pela Funai.A expedição começou a ser organizada em julho, quando, após um sobrevoo pela região, a Funai constatou o surgimento de uma grande clareira próxima ao rio Boia, nas entranhas da Terra Indígena Vale do Javari. A Funai quis saber então quem a fez, por qual motivo e qual a sua extensão.A área é habitada por índios isolados, nunca contatados. São tribos com população estimada de 200 a 300 integrantes sem etnia definida e sem idioma conhecido.Sabe-se de suas movimentações pela mata fechada por meio de imagens feitas por satélite e por relatos de índios ticunas, que vivem nas proximidades daquela área. Eles afirmam ter visto traços de presença humana às margens do rio. VestígiosO grupo que faz parte da expedição seguirá no navio Kukahã, que saiu ontem de Tabatinga, até a área a ser explorada. A partir daí, serão feitas incursões dentro da floresta para reconhecer vestígios dessa população misteriosa.O tempo médio previsto de cada incursão - sem o apoio direto do barco, que ficará à espera no rio - será de vinte dias.Não se procura fazer contato com os índios. O objetivo é confirmar as referências do sobrevoo, das imagens do satélite e dos relatos dos ticunas para entender quem são e o quê fazem esses índios isolados. As informações colhidas na incursão servirão para ajudar a protegê-los dos avanços de pescadores, garimpeiros e madeireiros pelo Vale do Javari.A expedição, com duração mínima de 45 dias, reúne índios, mateiros e especialistas em questões indígenas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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