
02 de dezembro de 2009 | 14h02
A expedição começou a ser organizada em julho, quando, após um sobrevoo pela região, a Funai constatou o surgimento de uma grande clareira próxima ao rio Boia, nas entranhas da Terra Indígena Vale do Javari. A Funai quis saber então quem a fez, por qual motivo e qual a sua extensão.
A área é habitada por índios isolados, nunca contatados. São tribos com população estimada de 200 a 300 integrantes sem etnia definida e sem idioma conhecido.
Sabe-se de suas movimentações pela mata fechada por meio de imagens feitas por satélite e por relatos de índios ticunas, que vivem nas proximidades daquela área. Eles afirmam ter visto traços de presença humana às margens do rio.
Vestígios
O grupo que faz parte da expedição seguirá no navio Kukahã, que saiu ontem de Tabatinga, até a área a ser explorada. A partir daí, serão feitas incursões dentro da floresta para reconhecer vestígios dessa população misteriosa.
O tempo médio previsto de cada incursão - sem o apoio direto do barco, que ficará à espera no rio - será de vinte dias.
Não se procura fazer contato com os índios. O objetivo é confirmar as referências do sobrevoo, das imagens do satélite e dos relatos dos ticunas para entender quem são e o quê fazem esses índios isolados. As informações colhidas na incursão servirão para ajudar a protegê-los dos avanços de pescadores, garimpeiros e madeireiros pelo Vale do Javari.
A expedição, com duração mínima de 45 dias, reúne índios, mateiros e especialistas em questões indígenas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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