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Funai envia áudios divulgados pelo ‘Estado’ à Corregedoria

Diretor de administração foi acusado de cometer irregularidades para favorecer empresas em compras de produtos

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Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – O novo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Wallace Bastos, encaminhou à Corregedoria da instituição os áudios de conversas gravadas com o diretor de administração da Funai, Francisco José Nunes Ferreira. O material, que foi divulgado na quarta-feira 23, pelo Estado, ainda era desconhecido do setor.

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Bastos afirma que serão “seguidos os trâmites exigidos legalmente e assegurada devida penalidade, caso a denuncia se comprove verídica”. Ferreira é acusado pelo ex-coordenador de tecnologia da informação da Funai, Bruno Rebello, de cometer irregularidades para favorecer empresas pré-determinadas em compras do setor de informática, orientar pedidos feitos por parlamentares, cometer ingerências políticas e solicitar a aquisição de itens sem relação com as atividades do órgão.

Wallace Moreira Bastos, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) Foto: Mario Vilela/Assessorai de Comunicação Funai

Os áudios foram gravados entre setembro e outubro de 2017. Nas conversas gravadas pelo coordenador, o diretor da Funai liga os pedidos para favorecer empresas a parlamentares que, segundo ele, teriam relação com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o presidente do MDB, o senador Romero Jucá (RR). 

Veja abaixo a íntegra da nota

“Em resposta à matéria veiculada pelo Estadão, nesta quarta-feira, 23, acerca dos áudios que sugerem o comprometimento da conduta profissional do Diretor de Administração e Gestão deste órgão, Francisco Ferreira, a gestão máxima da Funai, representada pelo presidente Wallace Bastos, declara total interesse em combater qualquer ato de ilegalidade a partir da investigação no âmbito interno e em todas as instâncias que se fizerem necessárias.

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Para tal, informa-se que, a partir da ciência do conteúdo das gravações, já houve encaminhamento do caso à Corregedoria da instituição a fim de que sejam seguidos os trâmites exigidos legalmente e assegurada devida penalidade, caso a denuncia se comprove verídica.

A Funai repudia qualquer desvio do padrão ético de atuação exigido aos servidores e colaboradores durante os 50 anos de atividade em prol dos direitos indígenas e reagirá contra todo ato que comprometa a seriedade empregada no cumprimento de sua missão.”

Ouça as gravações

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