Freire quer barrar aliança entre a esquerda e ACM

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE), anunciou hoje que lutará, junto às forças de esquerda, para evitar que a oposição se alie na luta do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) contra o governo. "Nem a nossa agenda e nem a nossa pauta de atuação será fixada pelo senhor Antônio Carlos Magalhães; se ele quiser levar sua luta à frente, que o faça com o seu partido e com os seus liderados, não com o PPS", afirmou Freire. O senador atribuiu a postura oposicionista de Magalhães ao ressentimento, o que o diferenciaria das oposições. "Estou abrindo o debate, pois tenho o temor de que alguns setores, inclusive do PT, confundam o seu papel, como vimos naquela constrangedora sessão do Congresso em que ACM recebeu diversos elogios", reclamou Freire. Ele lembrou que alguns de seus colegas afirmaram no microfone do Congresso que Magalhães havia desempenhado importante papel no processo de redemocratização. "Ele teve papel decisivo foi na repressão, não na redemocratização", protestou o presidente do PPS. O senador argumenta que a esquerda não deve se aliar a qualquer setor, fazendo oposição pela oposição. "Já vi votarem até em malufista no Congresso, com o argumento de que o outro candidato era do governo", reclamou Freire. Ele também considerou equivocada a aliança dos partidos da esquerda com Magalhães para aprovar o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, que considera "assistencialista", e para o aumento do salário mínimo, luta que classificou de "demagógica". O senador disse ainda que, embora a aliança entre o PMDB e o PSDB seja prejudicial ao PPS, que queria ter os peemedebistas como aliados, ela é benéfica para o Brasil, por ser melhor que a aliança anterior, entre o PSDB e o PFL. "Essa reaproximação aponta para um caminho mais democrático", avalia Freire.

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