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França quer Alckmin no PSB, mas decisão depende do tucano não se candidatar ao Estado

Ex-governador aposta que Alckmin, cotado como vice de Lula em 2022, deve se desfiliar do PSDB ainda nesta semana

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Por Gustavo Queiroz
Atualização:

O ex-governador de São Paulo Márcio França afirmou nesta terça-feira, 30, que o desfecho das prévias do PSDB, que elegeu o governador João Doria como presidenciável do partido, deve antecipar a decisão de Geraldo Alckmin de sair da sigla. “Não tem nada certo para onde ele vai”, disse em conversa com jornalistas após evento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (Sindhosp). “Interessa ao PSB, já convidei várias vezes”, concluiu. Ele aposta, ainda, que o tucano deixa o PSDB ainda nessa semana.

O ex-governador Geraldo Alckmin tem sido lembrado como um possível nome para compor uma chapa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em disputa ao Planalto no ano que vem. Para França, a escolha do partido de Alckmin vai depender se o tucano decidir seguir na disputa presidencial ou se busca o governo do Estado de São Paulo. “Normal que se ele disputar o governo (de São Paulo), vá para o PSD”, disse França, que se posiciona como pré-candidato ao Estado.

O ex-governador de São PauloMárcio França também criticou a gestão do atual governador João Doria, para quem perdeu a disputa eleitoral no segundo turno em 2018 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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A pesquisa mais recente do Datafolha apontou que Alckmin é um nome forte para o governo do Estado. O tucano lidera as intenções de voto dos paulistas com 26%, seguido de Fernando Haddad (17%) e França (15%), empatados tecnicamente. França foi vice de Alckmin na última gestão do tucano no governo de São Paulo, entre 2015 e 2018, e se tornou governador após ele deixar o cargo para disputar o Planalto em 2018. 

O evento do Sindhosp reuniu pré-candidatos ao governo de São Paulo nas últimas semanas, incluindo Alckmin e Haddad. Na ocasião, o tucano não confirmou qual cargo pretendia disputar, mas não descartou a possibilidade de concorrer ao Estado.

Questionado sobre uma possível chapa Alckmin-Lula, França defendeu que o tucano pode interferir no resultado das eleições, sugerindo inclusive uma possível vitória em primeiro turno, mas não vinculou o convite ao partido ao palanque com o PT no cenário nacional. 

No evento, França criticou a gestão do atual governador João Doria, para quem perdeu a disputa eleitoral no segundo turno em 2018. “(Nos últimos três anos) recuamos em várias áreas, especificamente na área médica. Não há exemplo público de gestão, exceto na vacina, que tenha sido sensacional. Por isso mesmo os nossos números são ruins. Se o país é ruim, São Paulo é o ruim dentro do ruim.”

Assim como na participação de Alckmin, França também criticou o aumento dos impostos no Estado. Em janeiro deste ano, a Justiça proibiu o aumento de impostos a hospitais defendido pelo atual governador.

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França ainda pontuou que não concorda com o atual modelo do teto, que limita os gastos do governo. Segundo ele, o formato não se encaixa em um momento que as pessoas deixam os empregos e passam a requisitar ainda mais os serviços públicos.