
29 de janeiro de 2010 | 18h16
Conduzido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), historicamente ligada ao PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com forte presença de oradores do PC do B, o encontro no último dia da etapa gaúcha do FSM aprovou, sem votar, um documento que considera a mobilização da oposição contra o governo em 2005, na crise do mensalão, uma tentativa de golpe, equiparada a outros episódios na América Latina, como na Venezuela em 2002 e em Honduras em 2009.
Apesar do tom do texto, organizadores demonstraram não temer a acusação de uso político-partidário do FSM. "Não temos medo não, porque acho que temos que ter lado", disse o sindicalista que comandou a reunião, Antônio Carlos Spis, da Federação Única dos Petroleiros, filiada à CUT.
"Então, estamos do lado do trabalhador, do movimento social, dos estudantes. E não estamos preocupados com candidatura. Estamos preocupados com o possível avanço do neoliberalismo nessas eleições."
Spis afirmou que os movimentos vão construir um "projeto nacional e popular" para apresentar aos candidatos - o processo prevê realizar a assembleia nacional dos movimentos do dia 31 em São Paulo, além de uma Conferência Nacional da Classe Trabalhadora em 1 de junho.
"Duvido que qualquer candidato aceite nossa pauta. O primeiro ponto é o seguinte: implementação da reforma agrária já. Queremos democratizar os meios de comunicação, quebrar a espinha dorsal da Globo, da Bandeirantes, do SBT. Essas coisas não vão acontecer. O pessoal tem receio."
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