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Força-tarefa do caso Zeca investiga Serys

Promotores apuram se campanha da petista recebeu R$ 200 mil

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Por João Naves e CAMPO GRANDE
Atualização:

A força-tarefa do Ministério Público de Mato Grosso do Sul que investiga o "mensalão do Zeca" - suposto esquema de pagamentos a aliados em troca de apoio ao ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT - levantou suspeita de que a campanha da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) teria recebido R$ 200 mil. O nome dela aparece, associado a esse valor, em livro-caixa apreendido pelos promotores que serve de base às investigações. De acordo com o Ministério Público, o dinheiro que irrigava o pagamento a aliados e o financiamento de campanhas, por meio de caixa 2, vinha de contratos de publicidade do governo de Mato Grosso do Sul. Zeca nega todas as denúncias. A força-tarefa encaminhou a suspeita contra Serys à Procuradoria-Geral da República, já que a parlamentar tem foro especial. Dizendo-se "indignada", Serys distribuiu ontem uma nota negando qualquer participação em irregularidades. "Gato escaldado tem medo de água fria. Depois de toda aquela trama da qual fui vítima em 2006, meu receio é de que possam estar querendo armar, novamente, contra mim", disse ela, referindo-se ao fato de seu nome ter sido citado nas investigações da Operação Sanguessuga, sobre fraudes com ambulâncias. Sua assessoria jurídica pediu informações ao Ministério Público sobre a nova suspeita. Enquanto isso, os promotores continuam a avançar nas investigações sobre os supostos pagamentos mensais. O comandante da Polícia Militar no Estado, coronel Geraldo Garcia Orti, aceitou as condições da delação premiada e deixou de ser réu nas ações. O coronel - cujo nome também aparece na lista do livro-caixa - disse aos promotores que recebia R$ 5 mil mensais. Alegou, porém, que desconhecia a origem do dinheiro.

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