Foragido, Lins pode ser demitido do serviço público

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Por Talita Figueiredo
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O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e ex-deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), foragido desde a semana passada, pode ser demitido do serviço público por abandono de emprego. Delegado concursado, ele deveria ter se apresentado ao Departamento Geral de Administração e Finanças (DGAF) da Polícia Civil logo que sua cassação foi publicada no Diário Oficial, na quarta-feira. De acordo com o estatuto da corporação, depois de dez faltas consecutivas o DGAF comunica a Corregedoria Geral Unificada (CGU), que abre processo que pode resultar em sua expulsão. Lins já responde a dois processos administrativos na CGU. O ex-deputado foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob as acusações de formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e facilitação de contrabando. Ele foi preso no fim de maio, durante a operação Segurança Pública S/A, da Polícia Federal (PF), mas foi solto por votação na Assembléia Legislativa do Estado do Rio (40 a 15) que considerou a prisão "ilegal". Na quinta-feira, dois dias depois de ser cassado, a juíza federal convocada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (ES e RJ), Márcia helena Nunes, decretou novamente a prisão do ex-parlamentar a pedido da Procuradoria da República. Desde sexta-feira, Lins é considerado foragido pela PF. Mandado de segurança O Tribunal de Justiça do Rio informou ter recebido hoje mandado de segurança impetrado pelo advogado de Lins, Ubiratan Guedes, contra o presidente da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB), numa tentativa de reverter a cassação de seu cliente. O processo foi distribuído ao desembargador Paulo Leite Ventura, do Órgão Especial do TJ. Segundo o advogado, Lins é inocente e "o caminho mais rápido e justo é ele voltar a ser parlamentar". O advogado insiste na versão de que o ex-chefe de Polícia está internado com depressão profunda.

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