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'Fora golpistas!', diz Falcão após PSDB defender novas eleições

Presidente do PT sai em defesa do governo e acusa políticos da oposição de quererem 'ganhar no tapetão'

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Por Mateus Coutinho
Atualização:

São Paulo - O presidente nacional do PT Rui Falcão utilizou seu perfil no Twitter nesta segunda-feira, 6, para sair em defesa do governo da presidente Dilma Rousseff e criticar a oposição. "Perderam no voto, agora querem ganhar no tapetão. Fora golpistas! Democracia neles", afirmou Falcão, em crítica indireta ao PSDB.   A fala do petista ocorre um dia depois de a convenção do PSDB reconduzir o senador mineiro Aécio Neves à presidência da sigla. Na ocasião, parlamentares tucanos não falaram em impeachment, mas defenderam abertamente a realização de novas eleições antes de 2018. A estratégia da oposição busca chamar atenção da opinião pública e pressionar os ministros do Tribunal Superior Eleitora (TSE).

Rui Falcão durante a segunda etapa do 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) Foto: ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS

Em ação protocolada em dezembro do ano passado, o PSDB pede que a presidente seja declarada inelegível por abuso do poder político e econômico na campanha. Apesar de ter feito uma fala mais moderada que a dos correligionários, Aécio também apostou no julgamento da ação protocolada pelo partido no TSE. "Os sucessivos escândalos que aí estão consolidam a ideia de que instalou-se no Brasil um modus operandi organizado e sistematizado que agora coloca sob gravíssima suspeição a campanha que elegeu a atual presidente da República e seu vice e que, neste mesmo instante, está sendo investigada pelo TSE", disse Aécio, derrotado por Dilma no 2.º turno.  Temer. Nesta segunda, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) veio a público minimizar as polêmicas e disse ver a pregação da oposição "com muita preocupação". "Não podemos ter a essa altura uma tese desta natureza sendo patrocinada por vários setores", disse Temer, em coletiva de imprensa ao lado dos ministros Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Gilberto Kassab (Cidades), além do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Ele pediu ainda "tranquilidade", negou que o Brasil passe por uma crise política e destacou que o impedimento de Dilma poderia levara uma "crise institucional indesejável para o País".   O vice-presidente ainda ironizou a fala de Aécio que disse também que o fim do governo de Dilma pode acontecer "mais breve do que alguns imaginam" e sugeriu que o PSDB pode voltar ao Planalto. Questionado sobre o tema, Temer disse esperar que um novo governo tucano só ocorra nas eleições programadas para 2018.    Apesar da postura do vice-presidente minimizando a crise, Dilma convocou para esta segunda uma reunião do conselho político para avaliar a atual conjuntura.

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