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Fontana diz 'estranhar' briga por cargos na CPI

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Por LEONARDO GOY
Atualização:

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), disse ontem "estranhar" a reação da oposição ao fato de o governo querer a relatoria e a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que vai investigar o uso irregular, por funcionários do governo, dos cartões de crédito corporativos. Segundo ele, no governo anterior, as CPIs mistas também tinham os principais cargos preenchidos pelos partidos que possuíam as maiores bancadas na Câmara e no Senado. "Eles sempre usaram essa regra. Estranho o modo como ele reagem agora", disse. Segundo Fontana, foi adiada para a próxima quarta-feira a reunião dos líderes da base aliada no Congresso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, que deveria ter ocorrido ontem à noite. Ao ser questionado por jornalistas sobre rumores de que a oposição estaria interessada em criar uma CPI para investigar o roubo de dados sigilosos da Petrobras, Fontana respondeu, cauteloso, que é preciso "tomar cuidado para não banalizar o uso de CPIs". Segundo ele, se, de fato, houve espionagem nesse caso, a Polícia Federal tem muito mais condições de investigar o ocorrido do que o Congresso Nacional.

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