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Fontana defende que Senado instale CPI dos Cartões

Por Cida Fontes
Atualização:

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), disse há pouco que prefere que seja instalada no Senado - e não na Câmara - uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a investigar o uso indevido de cartões corporativos por servidores públicos. "A oposição costuma dizer que tem mais força no Senado. Então, é melhor que (a CPI) seja lá", afirmou Fontana. Acrescentou que a oposição, ao defender, na Câmara, a criação de uma CPI mista (a ser formada por deputados e senadores), retoma as atividades com um discurso destinado a desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "querendo fazer o confronto entre governo e oposição". Embora o governo tenha sido derrotado em votações importantes no Senado, os partidos da base aliada ao Planalto têm maioria na Casa. As dificuldades dos governistas estão restritas praticamente às votações para as quais há exigência de um quórum mais qualificado, como na apreciação de Propostas de Emendas Constitucionais (PECs), que exigem quórum de três quintos para ser aprovadas. Os senadores dos oposicionistas PSDB e DEM (ex-PFL) afirmam que a atual CPI das ONGs, por exemplo, está paralisada no Senado, e que a bancada governista, como é maioria, impede a votação de requerimentos destinados a aprofundar as investigações. Os parlamentares da oposição afirmam que o objetivo dos governistas, ao pedirem que uma CPI sobre uso indevido de cartões de crédito investigue os dez anos mais recentes, é o de constranger senadores da oposição que ocuparam cargos de ministros no governo de Fernando Henrique Cardoso, como, por exemplo, o atual líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Em dezembro, Virgílio liderou a oposição no processo que resultou na extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

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