'Foi difícil dizer não ao Brasil', diz Luiza Trajano, ao descartar candidatura mais uma vez

Fundadora do Mulheres pelo Brasil vai apoiar candidatas ao Legislativo; meta do grupo é conquistar metade das cadeiras em disputa

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Por Adriana Ferraz
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A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, anunciou nesta sexta, 29, em São Paulo, que o grupo criado por ela - Mulheres pelo Brasil - vai apoiar candidatas ao Legislativo que se comprometam com premissas definidas pelo movimento em diversas áreas, como saúde, educação, sustentabilidade, direitos humanos e defesa da democracia. Em evento em São Paulo, ela ainda confirmou que não será candidata. "Sei que muita gente acha ruim, que muita gente torceu. Eu sofri muita pressão e foi muito difícil dizer não ao Brasil formalmente", disse.

Segundo Luiza, sua intenção nas eleições deste ano é incentivar a participação feminina na política por meio da campanha "Pula pra 50", que tem como meta ocupar metade das vagas do Congresso Nacional pelo voto e não por meio de uma reserva oficial, já que essa possibilidade acabou ficando de fora das mudanças aprovadas na minirreforma eleitoral, ano passado. "Chegou a nossa vez", disse. 

A empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, ao lado de Luana Tavares, idealizadora do Conecta, acelerador de mulheres na política. Foto: Conecta/Divulgação

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Para alcançar o objetivo da campanha, Luiza explicou que o Mulheres pelo Brasil não vai barrar nenhum partido. "Somos apartidárias. Mas vamos acompanhar essa adesão às nossas premissas", afirmou a empresária, durante evento promovido pelo Conecta, entidade da sociedade civil que forma lideranças femininas.

Ao Estadão, a empresária disse ter tido dificuldades para se filiar a algum partido político - a janela partidária se encerrou no início do mês. "Não me filiei,mas vou participar (das eleições) com o meu grupo. Não estou dizendo então não ao Brasil. É a força política que muda o País e o Mulheres pelo Brasil hoje é o maior grupo político do Brasil". Segundo ela, são 105 mil mulheres participantes. 

Questionada sobre sua posição política, a empresária se disse progressista, mas afirmou que não apoiará nenhum candidato à Presidência da República desse ou de qualquer outro campo. De acordo com Luiza, as mulheres que assinarem os compromissos com o grupo terão seus nomes divulgados ao eleitorado por Estado como forma de incentivar o voto nelas. 

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