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Fogaça evita assumir candidatura em Porto Alegre

Por Sandra Hahn
Atualização:

O prefeito de Porto Alegre (RS), José Fogaça (PMDB), manteve hoje a postura evasiva ao ser questionado sobre sua possível candidatura à reeleição nas eleições deste ano e sinalizou, mais uma vez, que a decisão depende do apoio dos partidos aliados. "O núcleo do governo, se quiser novo ciclo, precisa se manter", afirmou, em entrevista coletiva, antes de apresentar palestra na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul). Do ponto de vista pessoal, Fogaça disse que sua possível candidatura só sairá do "zero" - como ele definiu o estágio atual - quando os partidos entenderem que "o projeto precisa continuar". Conforme Fogaça, o projeto para a cidade tem "no mínimo quatro ou cinco partidos" essenciais, citando o PPS, PTB, PDT, PSDB e PP. O prefeito analisou que o eleitorado de Porto Alegre não costuma reeleger candidatos. "A cidade sempre tem grande desejo de mudança e eu respeito isso", declarou. Questionado sobre se a postura seria uma estratégia para evitar ataques dos aliados antes do início formal da campanha, Fogaça respondeu que "eles já estão batendo sem eu dizer que sou candidato". O prefeito avaliou que quatro anos de governo é um tempo "ideal" e rebateu críticas ao sistema municipal de saúde. Segundo ele, há escassez de recursos e a cidade não tem recebido o apoio financeiro que gostaria do governo estadual, que enfrenta dificuldades de caixa. O prefeito considerou que a governadora Yeda Crusius (PSDB) e seus antecessores mais recentes não são culpados pela situação de crise, que é anterior a eles. Ao ser indagado sobre o fato de que o PMDB tem força eleitoral para disputar sozinho, Fogaça argumentou que isso seria suficiente se fosse uma candidatura inicial, mas não "para reproduzir o projeto que está". Fogaça deixou o PPS e retornou ao PMDB em setembro do ano passado, em tempo de disputar a reeleição pelo novo partido do ponto de vista da legislação eleitoral. "Não posso negar aos partidos o direito de se unirem e tentar manter o projeto", respondeu, ao ser questionado sobre o fato de ter migrado de partido.

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