O grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho libertou do trabalho escravo vinte trabalhadores, entre eles três menores de idade, na Fazenda Ferrugem, no município de Tailândia, nordeste do Pará. Os trabalhadores foram encontrados em situação precária, sem alojamento, comida nem água potável. Alguns estavam doentes e com ferimentos, mas não eram medicados e tratados adequadamente. Segundo o coordenador da equipe, o auditor-fiscal Paulo César Lima, os trabalhadores, contratados para derrubada de árvores que seriam utilizadas na carvoaria e para a roçagem do pasto para o gado, não recebiam os seus salários e pagavam pela comida e outros produtos comprados pelo proprietário em uma mercearia. "Eles nem sequer sabiam o valor dessas compras que lhes era descontado no salário", frisou Paulo César. O proprietário da Fazenda Ferrugem, identificado apenas pelo apelido de Ceará, não se encontrava no local no momento da operação.