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Fiocruz faz maior pesquisa sobre saúde do brasileiro

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou, na semana passada, o maior estudo sobre a saúde do brasileiro. Com financiamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5 mil pessoas de todos os Estados serão ouvidas até março. O objetivo é investigar a qualidade dos serviços públicos e particulares de saúde e as condições médicas da população, incluindo hábitos considerados fatores de risco para doenças, como tipo de nutrição, tabagismo e consumo de álcool. O estudo faz parte de um grande consórcio internacional promovido pela OMS para investigar as condições de saúde no mundo. O Brasil é um dos cerca de 60 países que deverão realizar os questionários neste ano, numa pesquisa que já começou em dez Estados. Os 5 mil entrevistados estão distribuídos por 191 municípios do País, escolhidos por terem perfis distintos e representarem diferentes condições de saúde. "Queríamos pessoas que tivessem diferentes acessos à saúde e viessem de vários níveis sociais", explica a pesquisadora da Fiocruz Célia Landman, coordenadora-geral do estudo. Os questionários terão três classes de perguntas. A primeira vai investigar as doenças mais comuns na população, questionando sobre diabete, tuberculose, artrite e outras. Outra parte da avaliação vai perguntar sobre os hábitos ligados à saúde, como tipo de alimentação, freqüência da ingestão de bebidas alcoólicas e fumo. Por fim, os pesquisadores vão tentar descobrir como é o atendimento médico dos entrevistados. A pesquisa quer apurar ainda a eficácia e a abrangência de programas de saúde do Ministério da Saúde, como acompanhamento de pré-natal e projetos para idosos. A pesquisa vai tentar levantar como os brasileiros se sentem em relação ao serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde, mas também o atendimento nos hospitais privados - estão incluídas perguntas sobre os gastos em saúde. "Acho que teremos um retrato bem completo da situação do País", afirma Landman. Os resultados finais só devem ficar prontos no segundo semestre deste ano e serão colocados à disposição do Ministério da Saúde. O estudo vai mostrar uma diferente avaliação da saúde do País, já que hoje as pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a área são feitas com base nas informações oficiais e não partindo da percepção da população.

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