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Fim da verticalização é único consenso da reforma política

Por Agencia Estado
Atualização:

Com o apoio dos partidos aliados e os de oposição, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), apresenta hoje proposta para acabar, nas eleições de 2006, com a chamada verticalização - obrigatoriedade de que as alianças feitas para a disputa presidencial sejam repetidas nos Estados. Este é um o único ponto consensual entre os todos os partidos da Câmara e do Senado na reforma política. Na Câmara, o presidente nacional do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP), já conseguiu aprovar projeto semelhante na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ontem, ele contou que pretende negociar o apoio do PL ao futuro presidente da Câmara em troca da aprovação até o final de março do ano que vem do fim da verticalização. "Acabar com a verticalização é uma unanimidade entre os partidos. Quando for acertado o apoio do PL ao nome do novo presidente da Câmara, vou negociar para que o projeto seja logo aprovado", disse Valdemar. "Vamos ver qual o projeto que anda mais rápido: se é o do Senado ou o da Câmara. O importante é acabar com a verticalização", argumentou Renan Calheiros. A reforma política está parada na CCJ da Câmara porque o PL, o PTB e o PP não aceitam pontos da proposta, como o financiamento público de campanha e a escolha dos candidatos à Câmara em uma lista previamente elaborada pelos partidos. Contrários à proposta, os três partidos se uniram à oposição e entraram em obstrução na Câmara, impedindo durante quase todo o mês de novembro, o destrancamento da pauta do plenário, que tinha mais de 20 medidas provisórias à espera de votação. Só saíram da obstrução depois que o presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), se comprometeu a não permitir que a reforma política fosse votada este ano na CCJ. A não votação da proposta também foi usada como moeda de troca para que os aliados aprovassem a medida provisória que dá status de ministro ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

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