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Fiesp pressionará o Congresso para mudar reforma tributária

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, disse hoje que vai pressionar o Congresso para mudar o projeto de reforma tributária encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A proposta é pior do que imaginávamos", disse durante debate na Assembléia Legislativa de São Paulo. "Mas o papel da Fiesp é pressionar o Congresso Nacional e colocar o dedo na ferida". Apesar das críticas, Piva garantiu que não teve a intenção de constranger ou bater no governo. "Não poderíamos perder essa oportunidade, já que o momento de iniciar esses debates é agora". O presidente da entidade disse que representa 129 sindicatos industriais, cerca de 10 mil empresas diretamente e mais de 100 mil indiretamente. "Por isso, a Fiesp tem a obrigação de expressar o pensamento de suas bases", afirmou. Piva destacou que o documento elaborado pela Fiesp deveria ser analisado mais sob o ponto de vista técnico do que pelo emocional. Para ele, as questões abordadas são fundamentais para que o empresariado saiba quais os rumos que o Brasil irá tomar. "Não queremos mais ser surpreendidos a cada final do ano com novos aumentos de impostos", disse. Ele acredita que é necessário o País implantar um sistema tributário do século 21, no qual as empresas não tenham de pagar licenças para trabalhar e que privilegie um modelo mais eficiente baseado da desoneração e aumento da produção. Segundo o presidente da Fiesp, o objetivo da divulgação do documento é mobilizar os setores da sociedade em torno das emendas que possam rever os pontos que a entidade considera frágeis: "Duvido que o presidente Lula e o ministro José Dirceu (Casa Civil) não compreendam este documento, porque ele não tira, em momento algum, o mérito da reforma. Ao contrário, propõe a discussão para a sua melhoria." Ele criticou também a criação de mais uma autoridade fiscal, "o super Confaz que pode tudo e não dá garantias aos empresários" e a CPMF, que classificou de "imposto da pior qualidade, horroroso, que interfere até na Bolsa de Valores".

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