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FHC prevê desemprego abaixo de 4% em 2015

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso prevê que, em 2015, a taxa de desemprego no Brasil estará estabilizada em níveis considerados internacionalmente adequados, uma média entre 2% e 4% da população economicamente ativa. Ao fazer um balanço dos avanços sociais de seu governo, o presidente afirmou que a oferta de emprego vem crescendo consistentemente, e o nível de emprego supera em duas vezes o aumento da taxa demográfica. Segundo o presidente, as altas taxas de desemprego registradas hoje refletem a entrada no mercado de trabalho de pessoas que nasceram em um período em que a taxa demográfica era muita elevada. A tendência é de estabilização nessa correlação, segundo o presidente. Fernando Henrique Cardoso mandou um recado a todos aqueles que reclamam não ver benefícios sociais realizados com os recursos do Imposto de Renda. O presidente afirmou que são mais de US$ 30 bilhões destinados a programas sociais, como o Bolsa Escola, e que boa parte dos recursos é disponibilizada diretamente à população carente, sem clientelismo. O presidente participou hoje da entrega do Prêmio Eco, concedido pela Câmara Americana de Comércio, em São Paulo. Avanços sociais Fernando Henrique Cardoso fez um balanço do que qualificou como "avanços sociais" de seus dois mandatos e aproveitou para rebater críticas aos indicadores sociais feitas por partidos de oposição. Em discurso na Câmara Americana, FHC disse estar vendo diversas referências à fome no Brasil. Segundo ele, os números são manipulados e falsos. "Pode haver má nutrição, mas morrer de fome já passam a ser casos marginais no Brasil", afirmou. Ele afirmou que 97% das crianças estão nas escolas, onde recebem uma ou duas refeições ao dia, o que limita a mortalidade. "Não é bom se manipular demagogicamente cifras que assustam pelo seu montante. E não convém àqueles que querem mudar o País repetir números do passado, que já não encontram veracidade nos dias que correm", afirmou. Em relação ao salário mínimo, o presidente admitiu que o valor ainda é baixo, mas que em termos reais aumentou 27% desde 1994. Segundo o presidente, antes do Plano Real o salário mínimo comprava 60% da cesta básica. Hoje, com R$ 200 compra-se a cesta básica e ainda sobram 20% do salário, afirmou. Ao falar sobre renda familiar, o presidente afirmou que não fosse a estabilidade gerada pelo Plano Real, o Brasil teria 10 milhões a mais de pobres. Em relação à mortalidade infantil, FHC disse que durante seu governo o Brasil ultrapassou as metas das Nações Unidas. A mortalidade caiu de 47,8 por mil nascimentos em 1991 para 29,6 mortes por mil nascimentos em 2000. "Trata-se de uma redução muito significativa", afirmou. "Avançamos em todos os indicadores sociais", disse o presidente. "A taxa de analfabetismo caiu de 19%, por exemplo, em 1991, para 13% em 2000. Antevejo o fim do analfabetismo em pouco tempo, pois 97% das crianças já estão na escola e logo o analfabetismo será residual", afirmou.

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