PUBLICIDADE

FHC elogia rapidez argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso elogiou hoje a rapidez com que a Argentina está tomando suas decisões, ressaltando a convocação de eleições para o dia 3 de março como um sinal positivo. Fernando Henrique disse, ao desembarcar em Campo Grande (MS), que o país vizinho dá lições ao Brasil, lembrando que, com nossas turbulências, foi fundamental que houvesse aqui um equilíbrio político, instituições fortes e que o Congresso ajudasse nos momentos de dificuldade para o País não perder o seu rumo. O presidente, que estava se dirigindo com a família para o refúgio ecológico Caiman, no município de Miranda, informou que ainda ontem conversou com o ex-presidente Fernando de la Rúa e agradeceu o fato de ele ter sido um amigo do Brasil. "Durante as dificuldades, que não foram poucas, ele teve posição de equilíbrio e eu queria dar também o meu abraço a ele." Mercosul - Na avaliação do presidente, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia constituem uma unidade histórica e é importante levar adiante o Mercosul. Ele sugeriu que a Argentina poderia adotar o câmbio flutuante, como ocorre no País. "E agora, quem sabe, se a Argentina tomar uma posição com respeito ao câmbio, mais próximo do modelo que adotamos aqui e de outros países, possamos sonhar com uma moeda comum." Depois de reiterar que, apesar da crise, os indicadores brasileiros são positivos para o próximo ano e que o crescimento econômico em 2001 será em torno de 2,5%, Fernando Henrique disse que, com a interligação entre os países e "com o mar agitado no mundo", os governos precisam "ter capacidade de flutuar e de navegar para chegar a um bom destino. É preciso que os pilotos sejam competentes se não o navio encalha", ressalvou o presidente, ao comemorar que "até hoje o barco do Brasil jamais encalhou". E acrescentou: "Ele pode ter diminuído a velocidade no caminho, mas está indo na boa direção." Eleições - O fato de 2002 ser um ano eleitoral, não preocupa o presidente. "Não vamos mudar o rumo e eu não vou fazer uma política populista de soltar dinheiro porque seria onerar o povo no futuro", declarou, recomendando a importância de "uma gestão equilibrada". O presidente revelou sua satisfação em estar terminando o sétimo ano de governo. "Quando houve dificuldades, nós discutimos sempre com tranquilidade e nunca chegamos a uma situação de tensão que deixasse o povo sem perspectiva", comentou. Fernando Henrique fez questão de agradecer o povo brasileiro, "que se mostrou formidável" ao superar as dificuldades, entre elas a crise de energia. Segundo ele, os dados de 2001, que no começo eram maravilhosos, depois se transformaram em muito ruins e acabaram apresentando um resultado razoável. "Falavam em menos de 2%. Eu disse que íamos chegar próximos de 3%. Estão falando agora em uma base de 2,5%." Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.