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FHC e primeiro-ministro sueco discutem situação argentina

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso e o primeiro-ministro da Suécia, Göran Persson, discutiram a situação na Argentina e formas de proteger as economias nacionais, durante café da manhã de cerca de uma hora nesta sexta-feira no gabinete do primeiro-ministro sueco. "Não para evitar o contágio com o Brasil, que não houve, mas as conseqüências negativas para o setor financeiro como um todo", defendeu o presidente. Fernando Henrique tem proposto mecanismos de controle do fluxo de capitais voláteis, um dos temas que deve abordar na reunião de trabalho, neste sábado, dos 13 chefes de Estado e de governo na Cúpula da Governança Progressista. De acordo com Fernando Henrique, "o importante dessas reuniões da governança progressista é que é necessário olhar o mundo não só pelos olhos do mercado, mas das pessoas". Participam também do encontro da terceira via o chanceler alemão, Gerhard Schröder, e os primeiros-ministros da Inglaterra, Tony Blair, da França, Lionel Jospin, do Canadá, Jean Chrétien, e de Portugal, Antonio Guterres, entre outros. Colômbia Fernando Henrique manifestou o apoio do Brasil à decisão do governo colombiano de retomar a zona desmilitarizada ocupada durante três anos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). "Creio que o governo da Colômbia não tinha alternativa", declarou, em rápida entrevista depois de reunião com Persson. "Depois de tantas tentativas de paz, devido à insistência de alguns setores guerrilheiros no sentido de continuar a fazer seqüestros e desafiar a autoridade governamental, ou bem essa autoridade se impõe ou não há mais condições de essa autoridade se manter", disse o presidente. Fernando Henrique garantiu que o fracasso do processo de paz e o recrudescimento do conflito na Colômbia não oferecem riscos para o Brasil. "Eu acho que o campo de lutas é muito longe do Brasil. A fronteira do Brasil com a Colômbia é selvática, com pequenas exceções, e nunca houve penetração". Ele disse que antes de embarcar para Estocolmo foi informado, pelas Forças Armadas, do novo cenário na Colômbia. "O Brasil tem condições de defesa suficientes. Nós temos lá sempre uma situação de alerta", reiterou. O presidente acrescentou que espera que a situação não chegue ao ponto de as Forças Armadas brasileiras terem de entrar em ação na fronteira, apesar do agravamento do conflito. "Talvez até por causa disso, eles consigam chegar a um entendimento."

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