FHC e Defesa Nacional vão decidir sobre compra de caças

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso quer reunir o Conselho de Defesa Nacional (CDN) na semana que vem para decidir qual das cinco empresas que participam da concorrência internacional para a compra dos novos caças FX será a escolhida. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Alberto Cardoso, secretário-geral do Conselho, foi incumbido por Fernando Henrique de acertar a agenda com todos os integrantes do grupo para fechar a data do encontro. Os oficiais da FAB receberam com alívio a informação de que o presidente Fernando Henrique quer definir ainda este mês a questão, que já se arrasta há meses, e tem sofrido pressão de todas as formas. A reunião deverá acontecer quarta ou quinta-feira, dias mais adequados para a agenda de campanha de dois integrantes, os presidentes da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), e do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS). O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, deverá ser destacado para apresentar as conclusões da comissão da Força Aérea, que examinou as propostas. Os cinco aviões que participam da disputa são os russos Sukhoi, da Rosoboronexport; o Mig 29, da Rac-Mig; o representante sueco-inglês Saab-Bae Systems, Gripen; o consórcio Embraer-Dassault, que fabrica o francês Mirage 2000; e o F-16, da empresa norte-americana Lockheed Martin. Com a aprovação do contrato, que envolve recursos de US$ 700 milhões, a FAB espera comprar um mínimo de 12 caças, podendo chegar a 24 aviões, além dos suprimentos. Justamente para evitar que a responsabilidade sobre a escolha recaia unicamente sobre suas costas, Fernando Henrique decidiu convocar o Conselho de Defesa para respaldar o resultado da licitação. Com isso, o presidente quer tentar evitar as críticas e os problemas enfrentados durante a concorrência para aquisição dos equipamentos para a instalação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). Nesta reunião do Conselho de Defesa, o comandante da Aeronáutica espera obter também o aval para fazer um leasing de 12 aviões israelenses Kfir C-10. Essa operação, estimada em US$ 91 milhões - recursos que não estão previstos no Plano de Reequipamento da Força Aérea - é considerada necessária para substituir os Mirage, por um período de pelo menos quatro anos, até que os primeiros novos caças FX, a serem encomendados, cheguem ao Brasil.

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