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FHC e Bornhausen decidem situação do PFL em março

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Por Agencia Estado
Atualização:

A situação do PFL no governo será discutida entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), depois do dia 15 de março. A data foi anunciada pelo senador, para quem a presença de pefelistas no ministério depois do dia 5 de abril, prazo final para os candidatos às próximas eleições deixarem seus cargos, dependerá exclusivamente da vontade do presidente. "Estamos no sistema presidencialista e o presidente é quem vai tomar a decisão. Se ele manifestar intenção de ficar com o PFL até o final do governo vamos analisar", disse Bornhausen. O ministro das Minas e Energia, José Jorge, é senador e tem mais quatro anos de mandato. Mas os ministros da Previdência Social, Roberto Brant; e do Meio Ambiente, Sarney Filho, terão de deixar o governo, pois vão disputar cargos eletivos. "A governadora Roseana Sarney vai ganhar as eleições mesmo com mudanças nas regras eleitorais", afirmou Bornhausen, referindo-se à possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) obrigar as coligações partidárias em nível nacional se repetirem nos estados nas eleições de outubro. "O problema não é de regra, mas de voto", afirmou. O senador, a exemplo dos demais líderes partidários do Senado, é contra mudar agora a lei que regulou as eleições de 1998 no que se refere à formação de coligações partidárias. Ele ressaltou que nos últimos anos o PFL tentou aprovar o projeto que proíbe as coligações para as eleições proporcionais. A proposta foi aprovada pelo Senado, mas está parado na Câmara. "Qualquer inovação agora terá implicações sobre as negociações que já estão sendo processadas nos estados", disse o senador. Caso o TSE adote a simetria das coligações, o PFL examinará a hipótese de questionar a constitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em termos práticos, o dirigente pefelista disse não ter condições de avaliar uma eventual medida nesse sentido. Apesar de preocupado, Bornhausen, no entanto, está otimista. "Acho que a regra dificilmente será alterada", previu.

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