23 de setembro de 2015 | 19h55
São Paulo - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a afirmar que, em questões como o fator previdenciário, é preciso ter uma posição em prol do Brasil. "Não se pode confundir o Brasil, com interesses que são maiores, com lutas momentâneas", afirmou ao Broadcast Político. Em junho, FHC já havia dito que votar contra o fator previdenciário abalava o prestígio do PSDB.
Nesta terça, senadores e deputados decidiram manter dois vetos de Dilma Rousseff a itens que poderiam aumentar gastos públicos - um deles a rejeição de uma alteração no fator previdenciário. Perguntado pelo Broadcast Político, então, sobre o fato de a maioria da oposição ter votado pela derrubada dos vetos, o que prejudicaria o Orçamento da União, o tucano respondeu: "Em parte, não toda".
A bancada do PSDB da Câmara foi liberada para a votação e se manifestou maciçamente a favor da derrubada do veto presidencial que flexibilizava o fator previdenciário, mudança na regra de aposentadoria instituída no governo Fernando Henrique em 1999 a fim de diminuir o déficit da Previdência Social. A regra foi mantida na sessão do Congresso desta madrugada apenas com os votos dos deputados: 183 pela manutenção, 205 contra e ainda houve sete abstenções.
Levantamento apontou que, entre os 53 deputados federais do PSDB, 51 participaram da votação que flexibiliza o fator. Desses, 50 a favor da derrubada e apenas um contra, o deputado Samuel Moreira (SP). Os votos dos senadores não foram divulgados porque o veto foi mantido logo pela Câmara, o que desobriga o cômputo da votação da outra Casa Legislativa.
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