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FHC diz que acabou com clientelismo no País

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje em seu pronunciamento durante a assinatura da medida provisória que extingue as Superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene), transformando-as em agências, que não deu nenhuma concessão de rádio e TV com objetivo de comprar votos no Congresso Nacional. "Tenho o prazer de dizer que não dei concessão de rádio e TV a quem quer que seja, porque acabei com o poder que o presidente tinha de distribuir concessões de rádio e TV. Hoje, só na área educativa, e olhe lá", observou o presidente, na presença dos ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra; da Fazenda, Pedro Malan; da Casa Civil, Pedro Parente, e da Secretaria Geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, além do secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guilherme Dias. "Acabei com a corrupção e com a compra que existia no Congresso Nacional, através da distribuição de rádio e TV. E alguém que queira analisar a radiografia do poder político no Brasil vai ver que ele está ligado à concessão de rádio e TV. Não dei uma sequer, e disso me orgulho", disse o presidente, acrescentando que o ex-ministro das Comunicações Sérgio Motta, morto em 1998, o ajudou a acabar com esse tipo de clientelismo. O presidemnte disse, também, que quebrou o clientelismo nas empresas estatais e que, só na área de telefonia, havia pelo menos 125 diretores nomeados por indicações políticas, mas hoje não há nenhum. Ele disse que ninguém, nunca, poderá lhe dar lições de combate a ?corrupção e clientelismo?. ?Ninguém. Porque não fiz outra coisa, nesses anos todos, a não ser fazer com que o Estado brasileiro se tornasse mais transparente e mais rápido a responder àquilo que a população deseja. Não é do meu estilo estar apontando com o dedo quem é ladrão. À Polícia e à Justiça cabe fazê-lo. Mas é meu dever fazer o que fiz. Mudei a estrutura do Estado brasileiro para que os focos de reprodução do arcaísmo e da corrupção deixassem de sobreviver".

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