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FHC descansa em Buritis na véspera de completar 70 anos

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso passou os quatro dias que antecederam seu 70º. aniversário, que é comemorado nesta segunda, descansando na Fazenda Córrego da Ponte, em Buritis (MG), de propriedade de sua família, apenas acompanhado pela mulher, dona Ruth, a filha Luciana, o genro Getúlio, e os netos. O presidente, que retornou hoje à Brasília, recebeu apenas visitas de políticos locais, mas nenhum de seus interlocutores o incomodou com assuntos que hoje tem ocupado a rotina do Palácio do Planalto, como o apagão. Ao contrário, as visitas foram à fazenda dizer que admiravam o presidente e fazer pedidos, todos eles fáceis de serem atendidos. O prefeito de Urucuia - município vizinho a Buritis - Rutilho Cavalcante (PMN), disse que Fernando Henrique o aguardava na varanda da casa, recostado em uma rede. "Muito bem humorado", de tênis, jeans e camiseta, o presidente concordou quando Cavalcante e o prefeito de Riachinho (MG), Valmir Gontijo (PL), pediram que o encontro fosse filmado pelo ajudante que os acompanhava. Segundo Cavalcante, foi Dona Ruth quem serviu o cafezinho. Ela e presidente ficaram de comparecer à inauguração, em agosto, do hospital construído em Urucuia, com recursos do Programa Comunidade Solidária. Cavalcante também pediu a Fernando Henrique a criação de uma frente de trabalho para ajudar os pequenos agricultores prejudicados pela seca e a construção de um centro esportivo para os 9,6 mil habitantes do município. Já o prefeito de Riachinho, pediu providências para solucionar problemas causados na agricultura do município por uma chuva de granizo que caiu no mês passado. Outro visitante, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos, Sérgio Teles, levou ao presidente as dificuldades de infra-estrutura enfrentados pelos produtores de Buritis e de outras localidades mineiras próximas ao Estado da Bahia. Segundo ele, a distância da capital Belo Horizonte colabora para que essa região fique abandonada pelo governo de Itamar Franco. Fernando Henrique prometeu encaminhar a reivindicação ao ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. É a terceira vez neste ano que o presidente e seus familiares aproveitam um feriado prolongado para descansar na fazenda. Eles lá estiveram na passagem do ano, na Semana Santa e agora, no feriado de Corpus Christi. Ainda há na porteira da Córrego da Ponte "marcas" deixadas por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), no ano passado, quando acamparam em frente à propriedade. Eles riscaram frases de protesto e as três iniciais do movimento na tinta azul da porteira, que fica mais ou menos 2 quilômetros da casa do presidente. Os moradores do distrito vizinho, Serra Bonita, informaram que nas outras vezes em que Fernando Henrique esteve na fazenda, o presidente aparecia por lá para conversar, sempre que podia escapar do assédio da imprensa. "Ele gosta de falar de assuntos de fazendeiro", disse o vizinho Carlos Eduardo, que em 1988 ou 1989 - ele não se lembra ao certo - vendeu a fazenda Córrego da Ponte para o então senador Fernando Henrique e para seu amigo Sérgio Motta.

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