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FHC ao PSDB: cessem as disputas internas

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Por Agencia Estado
Atualização:

Abalado com a maior crise política já experimentada em seu governo, o presidente Fernando Henrique Cardoso quer que o seu partido, o PSDB, cesse as disputas políticas internas. A determinação do presidente, expressa nas últimas conversas com dirigentes tucanos, foi clara: não é hora para vaidades, e a única liderança que deve influir no PSDB é Fernando Henrique. Foi uma cobrança ao ministro da Saúde, José Serra, e ao governador do Ceará, Tasso Jereissati, que travam uma disputa interna pela escolha do candidato tucano à sucessão presidencial de 2002. "O partido tem de estar unido neste momento, para enfrentar o senador Antonio Carlos Magalhães e evitar qualquer racha: é uma questão de sobrevivência", avaliou um interlocutor do presidente, reproduzindo parte da conversa que manteve com ele na manhã desta terça-feira. Fernando Henrique quer que os líderes dêem prioridade à sucessão da direção partidária. A cúpula tucana acredita que o debate em torno da eleição da nova Executiva Nacional, marcada para o dia 15, poderá forçar uma unidade no partido, comprometida pela disputa entre Serra e Tasso. "É preciso criar um clima de entendimento; esse clima tem de ser de confiança e não de disputa", afirmou nesta terça-feira o secretário-geral da Presidência da República, Aloysio Nunes Ferreira. A nova orientação tucana de evitar crises internas foi dada durante jantar no Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira, onde Fernando Henique recebeu os governadores Tasso e Almir Gabriel (Pará); os ministros Aloysio e Pimenta da Veiga (Comunicações); o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (MG), e o presidente do partido, senador Teotônio Vilela Filho (AL). Um dos pivôs dos desentendimentos tucanos, o ministro Serra não compareceu ao encontro.

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