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Festa marca apoio da base de Pezão a Aécio no Rio

Cerca de 1,6 mil políticos de 9 siglas aliadas ao governador do PMDB foram a ato com tucano

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Por Luciana Nunes Leal
Atualização:
Aécio vai a almoço com dissidentes do PMDB, no Rio Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

RIO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, recebeu nesta quinta-feira, 5, o apoio de 1.600 políticos de nove partidos da base do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Aécio, porém, não se comprometeu com o ingresso do diretório estadual do PSDB na aliança pela reeleição do peemedebista. O senador tucano nem sequer mencionou Pezão em seu discurso durante o ato, realizado em uma churrascaria na zona oeste da cidade. Mas ele voltou a elogiar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), principal programa do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato ao Senado na chapa de Pezão. 

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Embora prometam apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o governador e Cabral não têm impedido a dissidência do PMDB do Rio, liderada pelo presidente estadual da legenda, Jorge Picciani. O ato de apoio a Aécio ocorreu dias antes da convenção nacional do partido, na próxima terça-feira.

A dissidência no PMDB fluminense foi uma resposta ao lançamento da candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao governo estadual e ao rompimento da aliança PT-PMDB, depois de sete anos. O PSDB-RJ já acertou coligação proporcional (para a eleição de deputados) com o DEM e o PPS, que resistem à aliança com Pezão.

UPPs. No almoço, batizado de “O Rio vota Aezão”, o senador tucano prometeu que, se eleito, vai levar as UPPs para todas as regiões metropolitanas do País. O pré-candidato também voltou a dizer que, sob o seu comando, o governo federal ajudaria o Rio de Janeiro a implementar a segunda etapa da pacificação, desenvolvendo projetos sociais nas comunidades. 

O tucano reiterou as críticas à política de segurança da gestão Dilma Rousseff. “Na segurança pública, a omissão do governo federal é quase criminosa. Faço o reconhecimento e cumprimento o ex-governador Sérgio Cabral pelo enfrentamento ao crime e anuncio que as UPPs serão levadas para todas as regiões metropolitanas do País”, discursou 

Aécio. “O Rio de Janeiro precisa retomar com mais vigor ainda o ciclo de crescimento que viveu nos últimos anos. Me deem a vitória no Rio e eu darei a vocês a Presidência da República.” No discurso, o tucano procurou manter a polarização da eleição presidencial entre PT e PSDB. Mais tarde, em entrevista, Aécio disse que os dois caminhos eram “o governo e a oposição”. “Eduardo (Campos) está no caminho da oposição e é muito bem-vindo."

Produção. O clima na churrascaria era de campanha disfarçada. Só não tinha jingles e nomes dos partidos. Grandes cartazes com fotografias de Aécio e Pezão e slogans como “O Rio é Aezão” foram espalhados no local, além de painéis com a inscrição “Aécio + Pezão”.

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O tucano ganhou, mas não vestiu, uma camiseta com o nome Aezão. As TVs da churrascaria transmitiam os discursos para os aliados que ficaram mais distantes da mesa principal.Picciani disse ter pago do próprio bolso o almoço e a produção do evento - no valor total de R$ 27,5 mil, segundo ele.

Segundo o presidente do PMDB-RJ, organizador do almoço, estavam presentes 60 dos 92 prefeitos do Estado, 500 vereadores, 17 deputados federais e 36 estaduais, além de ex-prefeitos e militantes do PMDB, PP, PSD, Solidariedade e dos nanicos PSL, PTC, PMN, PEN e PSDC.

Além desses partidos da base do governador, registraram presença representantes do PPS, do DEM, do PR, do PRB, do PROS, do PTB, do PDT e do PC do B, segundo os organizadores.

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