Félix evitar falar se colocou cargo à disposição de Lula

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Por Cida Fontes
Atualização:

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional a Presidência da República, general Jorge Armando Félix, se recusou a responder hoje na CPI dos Grampos, na Câmara dos Deputados, se teria colocado o cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, durante da reunião de coordenação política do governo no Palácio do Planalto. "É uma coisa de cunho pessoal, diz respeito a uma decisão pessoal em um momento em que se discutia a situação política. Reservo-me o direito de não comentar sobre isso", afirmou. Em todo o depoimento à CPI, o general Félix disse que não responderia nenhuma pergunta de foro íntimo e nem que afetasse sua individualidade. Ele defendeu a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, indagado sobre sua reação diante da reportagem da revista Veja, que atribui a agentes da Abin o vazamento do suposto grampo telefônico do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, ele disse: "Claro que não fiquei satisfeito com uma acusação dessa, envolvendo alguém da instituição. Sou humano também." O general contou que, no mesmo dia da divulgação da reportagem da revista, ele levou o fato ao presidente Lula e pediu abertura de inquérito e de sindicância interna na Abin, além de ter pedido ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que indicasse um procurador para acompanhar as investigações.

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