PUBLICIDADE

Feliciano e Malafaia criticam encontro de Dilma com gays

Deputado e pastor reclamam que a presidente ignora a comunidade evangélica e fazem ameaças

Por Valmar Hupsel Filho
Atualização:

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) e o pastor Silas Malafaia, ambos apoiadores do projeto da 'cura gay', criticaram em suas respectivas contas no Twitter o fato de a presidente Dilma Rousseff receber representantes de movimentos ligados à garantia dos direitos dos gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis, na tarde desta sexta-feira. No encontro, Dilma evitou comentar o polêmico projeto de decreto legislativo, mas ressaltou que o Estado tem obrigação de impedir a violência contra a comunidade LGBT.

PUBLICIDADE

“Povo evangélico, acorda! Dilma se encontra com rep. (representantes) da Ig (Igreja) católica, lgbt, vadias, e etc. E nós? nada!”, publicou Malafaia em seu perfil @PastorMalafaia por volta das 14 horas. E completou: “Depois vai querer o nosso voto em 2014”.

O post foi retuitado por Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, por volta das 17 horas. Em seguida, ele comentou que não havia explicação para “o desprezo e a desconsideração” da presidente Dilma com o segmento evangélico. “Parece que somos marionetes”, disse.

Aborto. Em posts seguintes, Feliciano também comentou que “somente agora percebeu o quanto foi ingênuo em 2010”, em referência ao apoio à eleição de Dilma. “De um lado era Serra que era a favor ao aborto, do outro Dilma que assinou documento que era contra”, justificou.

Minutos depois, postou: “E de repente o aborto de anencéfalos foi 'aprovado' ... Será q a assessoria da Presidenta esqueceu q ano q vem será ano eleitoral?”, ameaçou.

O deputado do PSC, partido da base aliada de Dilma, vem aumentando o tom das críticas ao governo desde que a ministra da secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, declarou que Executivo iria se esforçar para derrubar o projeto da 'cura gay'. Feliciano foi o principal articulador para que o projeto fosse aprovado na comissão de que ele é presidente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.