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Feijoada da paz reúne Alckmin, Serra e Kassab

Em clima de pagode e sem política

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Por Redação
Atualização:

Era apenas uma feijoada de aniversário, mas o que se viu ontem entre 13 e 16 horas, em um restaurante da zona Sul de São Paulo, foi um inesperado ato de ecumenismo político. Para cumprimentar o aniversariante Floriano Pesaro - ex-secretário da prefeitura, que deixou o cargo para ser candidato a vereador pelo PSDB - ali se juntaram, conversaram baixinho, juntos e separados, o governador José Serra, o prefeito Gilberto Kassab, o ex-governador Geraldo Alckmin e auxiliares como Andrea Matarazzo, Arnaldo Madeira, o ex-ministro Paulo Renato e quase uma dúzia de subprefeitos da capital. Em tom calmo, de bons amigos, Serra contou a Alckmin o episódio de seu desmaio no Bandeirantes. "Eu não via nada em volta, nem percebi que desmaiei." Ao que o médico anestesista Alckmin respondeu: "Foi pressão baixa, não?" O terceiro mandato para Lula veio à tona em outro momento. "O que esse movimento vai fazer é unificar a oposição", avaliou Alckmin." E em seguida cobrou do presidente Lula os seguidos aumentos, nos últimos dias, do preço dos alimentos. "No debate de 2006, ele bateu a mão na mesa e me disse que jamais admitiria que o custo da comida aumentasse. Se necessário até importaria alimentos. E o que vemos é explodirem os preços do feijão, tomate, soja, trigo." Numa rodinha com Kassab e Alckmin, Serra foi interrompido por uma pergunta de fora: "Governador, o sr. vai apoiar o Alckmin?" Serra virou o rosto e fez que não ouviu. Já no final, o pagode aumentou o volume, a casa lotada aplaudiu e vaiou hinos dos times de futebol, mas isso era só o retrato do momento. Pois, ao definir de 0 a 10 o clima entre os dois grupos, um tucano respondeu na lata: "Zero."

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