Febraban reafirma apoio a manifesto que pede harmonia entre Poderes

Em nota, federação procura se desvincular de decisão da Fiesp e diz respeitar a opção de BB e Caixa, que ameaçam deixar a entidade

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Por Redação
Atualização:

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) reafirmou nesta quinta-feira, 2, em nota, o apoio ao manifesto que pede a pacificação entre Poderes. No comunicado, a entidade das instituições financeiras do País procurou se desvincular das decisões da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente, Paulo Skaf, optou pelo adiamento do documento.

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A Febraban manifestou também “respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto” e ameaçam deixar a entidade caso ela mantenha o endosso ao documento.

A Febraban já decidiu reiterar o voto da maioria de seu conselho e manter o apoio ao manifesto, que não cita o presidente Jair Bolsonaro nem faz críticas diretas ao governo federal. 

Vista geral do Palácio do Planalto, em Brasília Foto: Dida Sampaio/Estadão

Conforme informou a Coluna do Broadcast, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, convocou a reunião na segunda-feira à noite com a participação dos bancos privados. A nota divulgada deixa em aberto a possibilidade de desembarque dos bancos públicos. BB e Caixa representam 23% do orçamento da Febraban. Nos bastidores da crise, segundo relatos, a reação do governo contra a entidade foi capitaneada pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

A entidade das instituições financeiras destaca na nota que a adesão ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes” se deu em “um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no País”.

A publicação do manifesto, prevista para terça-feira, foi suspensa por Skaf – após conversa por telefone com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – com o argumento de que é necessário mais prazo para que associações decidam pela adesão ou não. O prazo final estabelecido por Skaf é o fim da tarde de hoje, mas a expectativa é de que o comunicado seja publicado apenas após o 7 de Setembro, quando estão previstos atos convocados por Bolsonaro e apoiadores. 

Para a Febraban, “o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do País, cumprindo sua finalidade”. “(A Febraban) Confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”, diz o comunicado.

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“A Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e, com isso, não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.”

O texto que circulou entre associações empresariais dizia que a harmonia “tem de ser a regra” entre os Poderes e que é “primordial” que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam a Constituição. As entidades da sociedade civil afirmam que “veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre autoridades públicas”, que o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Judiciário e Executivo e que cada um atue com “responsabilidade nos limites de sua competência”. / VITOR MARQUES e LEVY TELES

Leia a íntegra da nota divulgada pela Febraban nesta quinta

A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.

A FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.

Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.

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A FEBRABAN confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.

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