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Fazendeiro acusado de tráfico diz não conhecer Beira-Mar

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Por Agencia Estado
Atualização:

O fazendeiro e comerciante goiano Leonardo Dias Mendonça, apontado pela Polícia Federal como suposto líder do tráfico de cocaína no Brasil, negou hoje qualquer vínculo com o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. "Nunca vi, falei ou mantive qualquer contato, seja pessoal ou por telefone, com esta pessoa", afirmou Mendonça em entrevista exclusiva à Agência Estado. Ele disse que, embora não tenha relação com Beira-Mar, não descarta a hipótese de o traficante carioca, sob pressão policial, citar seu nome para tentar se safar de crimes pelos quais é acusado. "A esta altura, tudo é possível, mas eu nada temo. Estou com a minha consciência tranqüila", garantiu Mendonça, afirmando que nunca esteve na Colômbia ou manteve contato com guerrilheiros. De acordo com o fazendeiro, seu único erro até hoje, como homem de negócios, que ganhou "um bom dinheiro no Pará e em Roraima, vendendo ouro e gado", foi ter vendido um avião ao comerciante Ecival de Pádua Santomé. Foi nesse avião que a PF, em 98, encontrou um carregamento de cocaína que supostamente iria embarcar para fora do País. "Ele comprou meu avião, mas não deu baixa do meu nome no registro. A polícia achou que eu estava envolvido", explicou. Invocando decisões da Justiça Federal, uma de Marabá, anulando o processo no qual ele é acusado de chefiar o tráfico de cocaína do sul do Estado para o Suriname, Europa e Estados Unidos, e outra da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que mandou soltá-lo, Mendonça disse que nenhuma das testemunhas e réus arrolados no processo a que responde conseguiu acusá-lo em juízo. "As pessoas podem falar o que quiserem na polícia, mas é na frente de um juiz que a verdade vem à tona."

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