PUBLICIDADE

Famílias dos engenheiros ainda esperam notícias de Alcântara

Por Agencia Estado
Atualização:

A notícia da explosão do VLS 1 (Veículo Lançador de Satélite) e das 16 mortes ocorrida em função do acidente em Alcântara, causou pânico e medo entre as famílias dos engenheiros e técnicos do Centro Técnico Aeroespacial que acompanhavam a operação na Base de Alcântara, no Maranhão. Segundo informações extra-oficiais uma equipe de psicólogos foi chamada pela direção do Centro Técnico Aeroespacial para dar a notícia das mortes às famílias. A maioria das famílias da equipe de profissionais que acompanhava o lançamento do foguete mora em São José dos Campos e Taubaté. Na casa do engenheiro César Varejão, que acompanhava o lançamento do VLS na Base de Alcântara, o clima era de apreensão. A cada toque do telefone a família ficava assustada. O filho Artur, de 18 anos, contou que todos estavam a espera de notícias. "Meu pai não estava no local naquele momento, acho que está tudo bem, temos que esperar e não posso dizer mais nada". O engenheiro César Varejão trabalhava no SPL (Setor de Plataforma e Lançamento). Até às 20 horas de hoje nenhum nome havia sido divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O engenheiro do Centro Técnico Aeroespacial, Edmundo Carvalho, atualmente afastado da função, lamentou o ocorrido e as mortes. "Estamos consternados com o que aconteceu, perdemos amigos, foi uma tragédia". De acordo com o engenheiro, as famílias ainda aguardavam mais notícias do Ministério da Ciência e Tecnologia. Aliviado, o irmão do sargento João Batista de Lima, responsável por fotografar o lançamento do VLS, contou que o irmão fez contato com a família para tranqüilizar os parentes. "Meu irmão ligou logo em seguida para dizer que estava tudo bem com ele, por isso estamos mais tranqüilos" afirmou Vlademir de Lima.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.