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Famílias das vítimas de Alcântara reclamam da burocracia

Por Agencia Estado
Atualização:

As famílias das 21 vítimas do acidente com o Veículo Lançador de Satélite (VLS) em Alcântara (MA), ocorrido há um mês, reclamaram nesta segunda-feira da demora no pagamento das indenizações e das bolsas de estudo. A dona-de-casa Jarina Pereira, de 61 anos, mãe de Walter Pereira Júnior, está revoltada com a demora no processo de indenização. "A gente não agüenta mais assinar papel. Meu filho morreu em um segundo e o governo deveria providenciar o pagamento em 24 horas". As famílias se reuniram hoje no Centro Técnico Aeroespacial, em São José dos Campos, no interior paulista, onde participaram de uma homenagem. O ato teve início às 13h26, mesmo horário do começo do incêndio do VLS. Um dos mais comovidos era o estudante Vitor Hugo Pereira, de 10 anos, filho do técnico Sidney Aparecido de Moraes. "Não tenho palavras para dizer dessa saudade que não passa", disse chorando. A assessoria do Centro Técnico Aeroespacial informou hoje que o prazo para a conclusão das investigações sobre as causas do acidente foi prorrogado por mais 30 dias. Para José Oliveira, irmão de Rodolfo Donizeti de Oliveira, a demora na integração dos cientistas convidados e do representante das famílias, Luciano Magno Varejão, pode comprometer as informações a serem transmitidas aos parentes. "Demorou muito para que o nosso representante fosse integrado às investigações. Queremos transparência nessa apuração e que as famílias sejam informadas de tudo o que ocorreu".

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