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Famílias ainda têm esperança de reencontrar parentes vivos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo depois de divulgada a lista pelo Comando da Aeronáutica com os nomes dos mortos na explosão do VLS 1 em Alcântara, algumas famílias de São José dos Campos ainda estavam esperançosas em encontrar os parentes vivos. Mais de 24 horas depois do acidente, famílias como as dos engenheiros Maurício Biella de Souza e Luiz Primon de Araújo informaram que ninguém do Centro Técnico Aeroespacial havia confirmado a morte. "Não temos nenhuma notícia, ninguém do CTA disse nada a respeito por isso ainda temos esperança de que ele esteja vivo", disse Alaíde de Araújo, esposa do engenheiro Luis Primon de Araújo. Na casa do engenheiro Maurício Biella de Souza, a cunhada, que preferiu não se identificar, se limitou a dizer que "tudo ainda estava muito incerto". "O CTA informou que ainda está procurando sobreviventes e ninguém confirmou a morte dele (Maurício)". O mesmo clima podia ser sentido entre os familiares de Roberto Tadashi Seguchi. Uma amiga da família, que teve o nome preservado, contou que, apesar do desaparecimento, ainda restava uma esperança. "Eles (o CTA) disseram que estão procurando, quem sabe...". Diferente dos parentes que ainda tinham esperança, na casa do engenheiro Gines Ananias Garcia, de 46 anos, a tristeza imperava. Gines estava há dois meses no Maranhão e neste período havia retornado apenas para passar o Dia dos Pais com a mulher e o filho. Gines tinha 46 anos e há 26 trabalhava no CTA. Segundo uma cunhada do engenheiro, o VLS 1 "era a menina dos olhos dele". Ela contou que ele e a equipe estavam "apostando demais nesta tentativa, estavam otimistas". "Não dá pra acreditar no que aconteceu, ainda estamos perdidos". Os 21 mortos faziam parte do grupo formado por 119 técnicos e engenheiros de São José dos Campos, sendo 9 do Inpe e 110 do Centro Técnico Aeroespacial. Ainda na noite de sexta-feira, um grupo de 80 funcionários envolvidos no acidente voltou para São José dos Campos, em um vôo especial da Força Aérea Brasileira. A viagem durou três horas e segundo alguns funcionários, foram três horas de absoluto silêncio, interrompido algumas vezes pelo ruído de um choro abafado. » Entenda como foi o acidente

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