Por falta de acordo em torno da reforma política, os líderes partidários decidiram retirar o projeto da pauta desta quinta-feira, 9,do plenário da Câmara dos Deputados. A próxima sessão da Câmara está prevista para a tarde da próxima terça-feira. Na última quarta, a falta de consenso entre os líderes partidários também encerrou a ordem do dia sem que nenhum ítem do projeto tenha sido votado a votação do projeto. Durante toda a tarde, líderes partidários se reuniram por diversas vezes, a sessão chegou a ser suspensa para articulações, mas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, anunciou que encerraria a sessão, por ter constatado que seria impossível a votação nesta noite. O líder do PDT, deputado Miro Teixeira (RJ), argumentou que poderia corrigir rapidamente "imperfeições" na proposta apresentada por ele, enquanto os líderes estivessem manifestando suas posições. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos que negociam pelo partido o projeto da reforma, disse que precisaria de tempo para a elaboração de um novo texto. Pontos polêmicos Os dois líderes partidários, um doDEM, Onyx Lorenzoni (RS), e outro do PSDB, Antonio Carlos Pannunzio (SP), disseram que não acreditam em acordo e que a reforma terá que ser definida no voto. Segundo Lorenzoni, um dos pontos mais polêmicos é a fidelidade partidária. DEM, PSDB e PPS, que perderam deputados para a base governista, querem aguardar a decisão final da Justiça sobre a questão. Mas outras legendas estariam tentando regras mais flexíveis para a fidelidade. O deputado João Almeida (BA), destacado pelo PSDB para negociar a reforma política, também saiu da reunião dizendo que o partido só aceita votar a fidelidade partidária, e nenhum outro ponto. Ele informou que PT e DEM continuam defendendo financiamento público de campanha para cargos majoritários, tese da qual o PSDB discorda totalmente. Texto atualizado às 13h10 var keywords = "";