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Falta bom senso no Congresso, critica Piva

Por Agencia Estado
Atualização:

A retirada do caráter de urgência do projeto de reajuste da tabela do Imposto de Renda no Congresso, nesta quinta-feira, foi considerada "uma absoluta falta de bom senso" pelo presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva. Para ele, o justo seria haver um reajuste, já que a tabela interfere diretamente com a distribuição de renda da população. "O pouco que os trabalhadores ganhariam já seria suficiente para alavancar toda a cadeia da economia produtiva, pois os pais podem investir mais na educação dos filhos, a família teria uma verba extra para utilizar no lazer, e os pequenos negociantes contariam com um incremento no capital de giro", afirmou Piva. O presidente da Fiesp disse ainda ser justa a paralisação prevista para a próxima segunda-feira de 70 mil metalúrgicos em 40 empresas de São Paulo, Osasco, Guarulhos, Santo André e São Caetano do Sul, em forma de protesto contra a manutenção da tabela do IR. "É um direito deles, mas não sei se terá resultado prático. O melhor seria pressionar o Congresso ou conversar com o Executivo." A tabela atual isenta os trabalhadores que ganham até R$ 900,00 por mês do pagamento do IR. Mas, segundo os sindicatos, o profissional que recebia esta quantia há cinco anos, hoje tem um salário de R$ 1.027,00, ou seja, deverá ser descontado. Os representantes dos metalúrgicos querem que a isenção do pagamento do IR atinja trabalhadores cuja renda mensal é de até R$ 1.155,00. Para eles, o correto seria que os profissionais que ganhem deste valor a R$ 2.311,00 tenham desconto de 15% - atualmente, esta variação é retirada de quem recebe de R$ 900,01 a R$ 1.800,00. Eles também defendem que apenas os profissionais que ganhem acima de R$ 2.311,00 sejam descontados em 27,5% e não acima de R$ 1.800,00 como é feito hoje.

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