
19 de novembro de 2013 | 16h45
Brasília - O presidente do PT, Rui Falcão, disse acreditar que haverá uma "rede de solidariedade entre a militância" para colaborar com o pagamento das multas impostas aos condenados do mensalão. Na saída do Complexo Penitenciário da Papuda, onde visitou os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, nesta terça-feira, 19, Falcão lembrou que o PT não pode destinar recursos do fundo partidário para este fim.
Falcão relatou que o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) passou por uma perícia médica nesta terça para avaliar seu estado de saúde e obter uma progressão da pena para o regime domiciliar.
Ele disse também que os advogados de Dirceu e Delúbio apresentaram nesta terça-feira uma certidão à Justiça descrevendo as atividades de trabalho realizadas pelos dois para que eles possam entrar, de fato, no regime semiaberto. Rui Falcão disse que os petistas agora estão em condições melhores.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que também esteve no Complexo da Papuda nesta terça-feira, afirmou ter ficado preocupada com o estado de saúde de Genoino. O deputado licenciado aguarda análise de pedido de prisão de domiciliar com base em seus problemas de saúde.
"O Genoino solicitou a prisão domiciliar, é uma questão de saúde e de integridade física. A custódia não pode colocar em risco a integridade física das pessoas", afirmou a deputada ao retornar à Câmara.
Rouquidão. Ela afirmou que Denoino relatou as dificuldades em tomar medicamentos decorrentes de cirurgia cardíaca realizada em junho e ter uma rouquidão constante há três meses. A deputada esteve também com José Dirceu e Delúbio Soares, que aguardam a autorização para trabalhar fora do presídio. Ela esteve no presídio junto com Renato Simões (PT-SP), suplente de Genoino.
Segundo o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), vários deputados do partido visitarão os presos nesta semana. Ele não quis dizer em qual dia irá à Papuda. Para Vargas, a prisão foi ilegal e o plenário do Supremo precisa colocar um "freio" em Joaquim Barbosa, presidente da Corte. "Não sei se por interesse político ou pessoal, Joaquim Barbosa não se pauta pela legalidade".
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