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Faculdade de MG fecha seu pronto-socorro

Por Agencia Estado
Atualização:

Numa decisão mais drástica do que a tomada pela direção do Hospital São Paulo, que limitou atendimento no seu PS aos casos de emergência, no último dia 18, o Conselho Consultivo do Hospital Escola (HE), da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM), decidiu fechar completamente seu PS, a partir desta terça-feira. Com isso, cerca de 300 pacientes por dia, de 27 cidades da região, deixarão de ser atendidos. Segundo o diretor da FMTM, Edson Luiz Fernandes, a decisão foi tomada devido à falta de medicamentos, insumos, material hospitalar e aparelhos e ao mau estado de conservação dos equipamentos. "Do jeito que está, não temos condições de continuar atendendo quem nos procura", explica Fernandes. "Temos um déficit mensal R$ 300 mil e uma dívida acumulada de R$ 11 milhões." Essa situação levou à deterioração de muitos aparelhos e equipamentos do hospital, o que impede os médicos de fazerem diagnósticos precisos. Fernandes cita como exemplo quatro aparelhos de ultra-sonografia e um tomógrafo computadorizado, que estão quebrados por falta de manutenção. De acordo com Fernandes, a FMTM chegou a essa situação porque não está recebendo o que lhe é devido. A instituição aguarda a liberação de uma verba da bancada federal mineira no Congresso Nacional, no valor de R$ 750 mil, e tem "represadas" 787 Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs), no valor de quase R$ 2 milhões, referentes a serviços médicos prestados pelo HE e ainda não pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é o terceiro hospital universitário federal a limitar o atendimento no seu pronto-socorro nos últimos dias. Além do HSP, na semana passada o Hospital Universitário da Universidade Federal de Goiás (UFG) teve fechado seu PS. A medida foi determinada pelo Ministério Público Estadual de Goiás, devido às más condições do atendimento.

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