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Fachin tira de Moro e envia para São Paulo inquérito contra Skaf

Defesa do presidente da Fiesp argumentou que caso não deveria ir para Moro já que fatos envolveriam 'apenas contribuições eleitorais' na época que disputou governo

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Por Isadora Peron , Breno Pires e Rafael Moraes Moura
Atualização:

BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), retirou do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, um inquérito aberto contra o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, com base na delação da Oderebcht. O caso será enviado à Justiça Federal de São Paulo.

Investigação contra Paulo Skaf sairá de Curitiba Foto: André Dusek/Estadão

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Segundo Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, foram repassados R$ 2,5 milhões a Skaf durante a campanha de 2014. A solicitação foi feita por Benjamin Steinbruch, presidente à época da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e paga pelo setor de propina da Odebrecht. Os recursos não teriam sido declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No agravo enviado ao STF, Skaf argumentou que o caso não deveria ir para Moro já que os fatos envolveriam “apenas contribuições eleitorais” ocorridas quando disputou o governo de São Paulo. Steinbruch também alegou que o episódio não tinha relação com o esquema de desvio da Petrobrás.

Em sua decisão, Fachin disse que “à luz dessas considerações”, o caso deveria ser remetido à Seção Judiciária de São Paulo. 

Lula e Cunha. Na última terça-feira, o ministro já tinha determinado que duas frentes de investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com base na delação de executivos da Odebrecht, fossem retiradas de Moro e enviadas à Justiça Federal do Distrito Federal. Uma terceira investigação contra Lula ficará com a Justiça Federal de São Paulo. Fachin também determinou que fosse enviada à Justiça Federal do Distrito Federal a investigação sobre a suspeita de que o ex-deputado federal Eduardo Cunha contratou a empresa de segurança privada Kroll para conter a Lava Jato.

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