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Fachin concede prazo para Temer responder perguntas até sexta

Ministro do STF aceita pedido da defesa de presidente para dar resposta às 82 perguntas da PF

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Por Julia Lindner
Atualização:

BRASÍLIA - O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, atendeu nesta terça-feira, 6, pedido da defesa e autorizou que o presidente Michel Temer responda às 82 perguntas da Polícia Federal (PF), impreterivelmente, até a próxima sexta-feira, 9, às 17h.

O presidente Michel Temer Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

"Em análise pautada pelo princípio da razoabilidade compreendo possível deferir o pleito, especialmente considerando o número de perguntas formuladas, bem como o fato de que, em princípio, não adviria prejuízo à investigação a postergação do prazo anteriormente fixado", afirmou Fachin na decisão. Na semana passada, Fachin havia dado 24 horas para Temer responder às indagações dos investigadores. Como as perguntas foram enviadas pela PF na segunda-feira, 5, o prazo do peemedebista encerraria na tarde desta terça-feira, 6. Nesta terça, o advogado de defesa, Antônio Mariz, apresentou um recurso ao STF pedindo para ampliar o prazo até o final desta semana. De acordo com ele, seria "absolutamente impossível" exigir uma manifestação dele em apenas um dia por causa da "complexidade" e da "quantidade surpreendente" das interrogações. "A análise de cada uma das 82 indagações imporá um grande esforço de S. Excelência, que não poderá descuidar das obrigações inerentes ao cargo, dentre as quais a de cumprir a sua carregada agenda, marcada por compromissos que lhe ocupam mais de 15 horas por dia", dizia o pedido do advogado. Em outro despacho, Fachin afirmou que Temer não precisaria responder a todos os questionamentos. A defesa, no entanto, afirmou agora que o presidente quer esclarecer todas as dúvidas relacionadas à gravação da conversa com o dono da JBS, Joesley Batista, mesmo com a perícia não concluída, por serem "de fundamental importância para a sua defesa".

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