Fachin 'brilhou' em sabatina, afirma Temer

Para vice-presidente, jurista indicado por Dilma para o Supremo mostrou 'qualidades jurídicas' em sessão de comissão do Senado

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

Brasília - Um dia depois da sabatina do advogado Luiz Edson Fachin na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que o jurista "brilhou" e mostrou suas "qualificações jurídicas" e "pessoais". Temer disse estar otimista com a aprovação no plenário do Senado Federal do nome indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar uma das cadeiras do Supremo Tribunal Federal (STF). "Ele (Fachin) brilhou. Mostrou as suas qualificações jurídicas, pessoais, mostrou uma cultura geral muito grande, uma delicadeza extraordinária no trato com as questões e com as pessoas, uma humildade acentuadíssima, e isso é fundamental para quem vai para um órgão cuja função principal é a imparcialidade, ou seja, não ser parte no conflito", comentou o vice-presidente, ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira, 13.

Jurista Luiz Edson Fachin, ao chegar para a sabatina Foto: Dida Sampaio/Estadão

Na avaliação do vice-presidente, Fachin demonstrou que, indo ao Supremo Tribunal Federal, "não será parte nos conflitos, mas decidirá de acordo com a Constituição". "Estou otimista (com a aprovação do nome de Fachin pelo plenário do Senado)", disse o vice-presidente. A indicação do jurista deve ser votada no plenário do Senado na próxima semana. A expectativa do Planalto era que a apreciação fosse ainda nesta semana, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vive momento de descontentamento com o governo, deixou a votação prevista para terça, 19.Polêmicas. Durante a sabatina dessa terça-feira, 12, Fachin tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome e do suposto vínculo com o PT. Em diversos momentos, também prestou reverências ao Congresso e ao papel do Legislativo. Para se afastar de discussões políticas, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do STF.

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